“Eu posso, verdadeiramente, dizer em voz alta que o Gangnam Style é uma das minhas canções favoritas da última década”, revelou durante o discurso de abertura do certame texano.

O músico, que se apresentou em palco com um par de óculos, recorrendo à piada “Espero continuar a ter o aspeto de uma estrela rock”, também falou sobre a sua carreira no mundo da música, bem como sobre a sua inspiração. A certa altura, questionou: “Eu sou o melhor baterista do mundo? Certamente, não”. Sobre a formação dos Foo Fighters, comentou: “Encontrar um bom nome para a banda continua a ser a parte mais lixada… Foo Fighters é o nome mais estúpido de sempre”.

O passado do artista também foi abordado, bem como a guerra das grandes editoras em que os Nirvana se viram envolvidos em 1990, com Grohl a contar que Kurt Cobain terá dito a uma importante figura da indústria: “Nós queremos ser a maior banda do mundo…”. “Eu ri-me, pensei que ele estava a brincar… O Kurt poder pensar que nós podíamos fazer ondas no mundo mainstream da música pop polida ultrapassava-me”, confessou.

O frontman dos Foo Fighters também falou acerca do disco“Nevermind”, dos Nirvana, revelando que as sessões de gravação doálbum seminal expunham “o som de três pessoas a tocar como se a sua vida disso dependesse”. “Essa ondulação, só por si tão inimaginável, tornou-se numa onda gigante”, contou, mencionando o facto da editora dos Nirvana ter, inicialmente, encomendado 35 mil cópias do disco de estreia dos Nirvana, quando, pouco depois, venderiam cerca de 300 mil cópias por semana.

Sobre a morte de Cobain, Grohl comentou: “Quando o Kurt morreu, fiquei perdido, fiquei como que anestesiado. A música à qual eu tinha dedicado a minha vida, tinha-me traído. Desliguei o rádio, guardei a minha bateria”.

Recorde-se que Dave Grohl já começou a trabalhar no novo álbum dos Foo Fighters, sucessor de “Wasting Light”, de 2011, tendo contado à “Billboard” que o mesmo não será um disco convencional.

Sara Novais