“O disco ‘Atlantic Beat/Mad’in Portugal’, o segundo álbum da banda, editado no ano passado, veio consolidar um percurso que já justifica plenamente, na opinião do júri, um prémio desta natureza e importância”, afirma a edilidade em comunicado.
No mesmo documento lê-se que a decisão do júri surge “no seguimento de edições anteriores, onde o nome dos Oquestrada aparecia constantemente como sério candidato ao Prémio José Afonso, dada a grande qualidade, originalidade, irreverência e cuidada produção das músicas e da performance do grupo”.
O júri foi constituído pelo vereador da Cultura da Câmara da Amadora, António Moreira, pela pianista Olga Prats, pelo compositor Sérgio Azevedo e pela chefe da divisão de Intervenção Cultural da Câmara, Vanda Santos, tendo a escolha sido “por unanimidade”.
Este disco foi escolhido a partir de uma lista de dez álbuns finalistas, que integrava, além do disco dos Oquestrada, o de Amélia Muge, “Amélia com versos de Amália”, de António Zambujo, “Rua da Emenda”, de B Fachada e dos Diabo na Cruz, com os respetivos álbuns homónimos, de Júlio Pereira, “Cavaquinho.pt”, de Luís Represas, “Cores”, e “De não ter tempo”, de Um corpo estranho.
Os OqueStrada surgiram em 2001, em Almada, por iniciativa de Marta Miranda e de Pablo, que convidaram João Lima, que “veio definir o trio nuclear da banda, ocasionalmente enriquecido com a contribuição de acordeonistas, trompetistas e outros guitarristas”, segundo a mesma fonte.
Até 2009, ano de lançamento do seu álbum de estreia, a banda realizou várias atuações em todo o país. Do repertório da banda, fazem parte canções como “Oxalá te veja”, “Creo cariño” e “Se’sta rua fosse minha”.
O comunicado da Câmara destaca “a originalidade da banda e o olhar contemporâneo que lança sobre a música popular portuguesa”.
Segundo a mesma fonte, o álbum “Tasca Beat: o sonho português”, editado em abril de 2009, confirmou, “em estúdio, a reputação que [os OqueStrada] já tinham conquistado na estrada”.
Entre outros prémios e críticas elogiosas, o jornal francês Le Monde apontou-o como um dos melhores trabalhos na área de “World Pop”, tendo a banda portuguesa sido uma das escolhidas para atuar na cerimónia de entrega do Prémio Nobel da Paz, em Oslo, em 2012.
Fausto, com o álbum “Para Além das Cordilheiras”, foi o primeiro vencedor do Prémio que, segundo a autarquia, “pretende homenagear Zeca Afonso, um dos mais importantes cantores portugueses do século XX, conhecido pela luta contra a ditadura e pelo célebre tema ‘Grândola Vila Morena’, ícone da Revolução dos Cravos e da Liberdade [25 de Abril de 1974]”.
Este galardão, segundo a mesma fonte, visa também “incentivar a criação musical de raiz portuguesa, bem como fomentar o turismo e a cultura na cidade da Amadora”.
Outros distinguidos com o prémio foram Vitorino, Sérgio Godinho, José Mário Branco, Né Ladeiras, Jorge Palma, Amélia Muge, Dulce Pontes, Brigada Victor Jara, Carlos do Carmo, Deolinda e António Pinho Vargas. O único ano em que o prémio não foi atribuído foi em 2006.
A data de entrega do galardão aos Oquestrada ainda não foi divulgada.
@Lusa
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