O disco, editado pela Sony Music, foi produzido por António Chainho e pelo seu diretor musical Ciro Bertini, com a assistência de Tiago Oliveira, e contém mais de uma dezena de novas canções originais e vários temas instrumentais para guitarra portuguesa, em que o músico é acompanhado, entre outros, pelo acordeonista Kepa Junquera e o trompetista Raul D'Oliveira.

"Cumplicidades" sucede ao álbum "LisGoa", e conta ainda com as participações de Rui Veloso, Paulo de Carvalho, Fernando Ribeiro, Hélder Moutinho, Paulo Flores, Filipa Pais e Ana Vieira.

O single de apresentação é o tema "Aprender a sorrir", interpretado pela brasileira Vanessa da Mata.

António Chaínho, de 77 anos, tem agendados concertos no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, no dia 10 de abril, e na Casa da Música, no Porto, no dia seguinte, para apresentar os seus novos temas.

Também este ano, o músico faz parte do cartaz do Festival Terras sem Sombra, no Baixo Alentejo, em que atuará com o guitarrista clássico Jurgen Ruck, para interpretarem oito peças, baseadas nos “Caprichos de Goya”, duas delas estreias mundiais: uma do uruguaio Eduardo Fernández e outra da portuguesa Rita Torres.

"Vim da minha aldeia, S. Francisco da Serra [no concelho de Santiago do Cacém, Beja], para Lisboa, em finais do ano de 1965, para tocar no restaurante típico A Severa, no Bairro Alto [em Lisboa]", recordou à Lusa o músico, que assinala esta data como o início da sua carreira artística.

Anteriormente, tinha tocado no café de seu pai, datando de 1960 o seu primeiro contacto com o meio fadista, numa taberna na praça do Chile, em Lisboa, quando se apresentou ao serviço militar na capital, para o qual entrou em 1961.

De 1961 a 1963, cumpriu o serviço militar em Moçambique, onde tocou para as tropas portuguesas, numa digressão naquela ex-colónia, assim como nas emissoras locais.

Apontado como "um dos virtuosos da guitarra portuguesa" pela "Enciclopédia da Música em Portugal no século XX", António Chainho acompanhou os mais diversos fadistas, destacando-se Carlos do Carmo, ao lado do qual esteve "durante mais de 20 anos".

@Lusa