No seu discurso, Everardo González, apelou para uma reflexão “aprofundada” sobre as normas de segurança que se debatem no país. O realizador mexicano, de 46 anos, afirmou que para si o mais importante da noite é dar “visibilidade” à questão da violência e sublinhou a pertinência da sua película quando o Senado mexicano discute a Lei de Segurança Interna, que estabelece os limites de participação das Forças Armadas nas tarefas de segurança pública.

O realizador expressou o desejo de que o filme, que reúne vozes de vítimas da violência e de quem a cometeu – assassinos contratados e membros do exército e da polícia -, sirva para que o debate sobre segurança tenha “um pouco mais de sustentação”.

O filme recebeu também os Prémios Fénix para Melhor Fotografia Documental e Melhor Música Original.

A série televisiva "Club de Cuervos", da plataforma Netflix, recebeu o Fénix para Melhor Série Televisiva, que pela primeira vez reconheceu as produções de televisão.

Para esta edição dos Prémios Fénix, que distinguem a produção fílmica produzida na América Latina, estavam nomeadas 20 películas de ficção, nove documentários e treze séries televisivas.

O Prémios são organizados pela associação Cinema 23, criada em 2012 para promover a cultura cinematográfica ibero-americana, que pretende com estes galardões reconhecer o melhor cinema da América Latina.

“A Liberdade do Diabo" estreia a 14 de dezembro em Portugal.