Bob Iger, presidente e CEO da Disney, disse não estar de todo preocupado que possa existir uma saturação dos fãs com a saga "Star Wars", mas confirmou um intervalo no cinema após a estreia em dezembro do "Episódio IX".

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"Não anunciámos quaisquer planos específicos para filmes a seguir. Há filmes em desenvolvimento, mas não os anunciámos", revelou durante uma entrevista esta quinta-feira ao canal Bloomberg.

O próximo filme chega aos cinemas a 19 de dezembro e não há mais nenhuma data marcada. É o último da terceira trilogia, iniciada com "O Despertar da Força" em 2015, e Iger garantiu que ainda não existe título oficial.

A seguir, a atenção vai virar-se para os projetos de televisão, explicou.

"Vamos fazer uma pausa, algum tempo, e restabelecer, porque a saga Skywalker chega ao fim com este nono filme. Haverá outros filmes 'Star Wars', após um pouco de intervalo", salientou Iger ao canal Bloomberg.

Estão em preparação duas novas trilogias, uma de Rian Johnson (realizador do "Episódio VIII - Os Últimos Jedi"), outra de David Benioff e D.B. Weiss (criadores da série "A Guerra dos Tronos").

Esta quinta-feira, o estúdio confirmou que "The Mandalorian", a primeira série "Star Wars", 10 episódios realizados por Jon Favreau ("Homem de Ferro", "O Livro da Selva) que abordam histórias após "O Regresso de Jedi" (1983), estreará a 12 de novembro, o dia do lançamento do serviço de streaming Disney+ nos EUA.

No segundo ano do serviço chegará uma série centrada na personagem de Cassian Andor (Diego Luna), personagem de "Rogue One". A nova temporada de "Star Wars: The Clone Wars" também será exclusiva do Disney+ durante o primeiro ano.

The Mandalorian
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No início desta semana, durante um episódio do podcast "Awards Chatter", do The Hollywood Reporter, o ator Mark Hamill, o intérprete de Luke Skywalker desde o primeiro filme de 1977, revelou que acreditava que o cansaço dos fãs com a saga "Star Wars" era real, mas acrescentou que os seus avisos foram ignorados por quem tomava decisões.

O assunto surgiu quando se falou do mais recente, "Han Solo: Uma História de Star Wars", a primeira desilusão comercial da saga.

Lançado em maio de 2018, o "spinoff" sobre a juventude do famoso contrabandista arrecadou 393 milhões de dólares a nível mundial, um valor aceitável para um "blockbuster" mas muito baixo num "evento Star Wars" e ainda mais quando o orçamento terá chegado aos 250 milhões (Ron Howard refilmou quase tudo após os realizadores Phil Lord e Christopher Miller serem despedidos) e mais 150 foram gastos em marketing.

Não foram poucos os que atribuíram a desilusão à má publicidade gerada pela controvérsia nos bastidores, mas também a uma "fadiga" da saga: os fãs tinham visto "Os Últimos Jedi" apenas alguns meses antes.

O fracasso levou ao repensar da estratégia: embora nunca tenham sido confirmados oficialmente pela Disney ou LucasFilm, vários projetos à volta de personagens emblemáticas estavam em preparação para o cinema. Os mais falados eram sobre Boba Fett, Obi-Wan Kenobi e Lando Calrissian.

Em setembro desse ano, Bob Iger assumiu a culpa: "Fui eu que decidi o 'timing' e, olhando para trás, penso que o erro que cometi — assumo a culpa — foi um pouco demais, demasiado rápido".

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