Para lá das recentes comédias românticas, Jennifer Lopez encontrou um grande desafio no cinema que também rentabilizará o seu talento como cantora e dançarina.

A revista Variety avançou que a atriz vai ser a protagonista de uma nova versão de "O Beijo da Mulher Aranha", mas não a partir do aclamado filme de 1985 de Hector Babenco que adaptava o romance do escritor argentino Manuel Puig, editado em 1976 e de imediato proibido no seu país.

O que vai chegar ao grande ecrã é, finalmente, o espetáculo criado em 1992 que foi um triunfo no West End de Londres antes de chegar à Broadway no ano seguinte e conquistar o Tony de Melhor Musical, inspirado pelo filme.

A história centra-se em Valentín Arregui e Luís Molina, papéis desempenhados no cinema, respetivamente, por Raul Julia e William Hurt, com o qual conquistou, entre outros, um Óscar de Melhor Ator e os prémios de Cannes e da Academia Britânica de Cinema e Televisão (BAFTA).

A ação situa-se numa cela, num país sob um regime ditatorial, onde estão encarcerados Molina, um homossexual, e Valentín Arregui, um revolucionário marxista e organizador de uma greve, que forjam uma relação improvável ao mesmo tempo que o primeiro narra a história de dois filmes imaginários e da sua própria vida.

O musical situa-se na Argentina de 1981, dominada por um regime militar ditatorial (1976-1983) e Lopez será Aurora, uma mulher fruto da imaginação de Molina para ser uma diva do grande ecrã.

A produção independente financiada fora da esfera dos grandes estúdios de Hollywood terá como realizador Bill Condon, que ganhou um Óscar de Melhor Argumento Adaptado por "Deuses e Monstros" (1998), andou pela saga "Twilight" há mais de dez anos, dirigiu a versão em imagem real de "A bela e o Monstro" (2007) e distinguiu-se no género dos musicais, escrevendo o argumento do vencedor dos Óscares "Chicago" (2002) antes de conduzir "Dreamgirls" (2006).

Sem data de estreia, os ensaios devem arrancar em fevereiroe a rodagem em abril em Nova Jérsia.