O festival de cinema vai fazer-se este ano com 1,1 milhões de euros, o que representa um corte de quase um terço da verba investida no ano passado, segundo os organizadores.

Em 2010, o festival exibiu 270 filmes, número que tinha vindo sempre a aumentar de edição para edição. Até este ano, em que os filmes foram reduzidos a 247, bem como as sessões. As salas de exibição também não são as mesmas:
Cinema São Jorge e
Culturgest mantêm-se, juntando-se a
Cinemateca Portuguesa e o
Teatro do Bairro.

A
Zero em Comportamento, que organiza o IndieLisboa, reconhece, por isso, que este é o primeiro ano em que se queixa por não ter conseguido fazer exactamente o que queria, embora prometa «a melhor programação de sempre».

«É o primeiro ano em que nos estamos a queixar, coisa que nunca fazemos», reconheceu à agência Lusa Miguel Valverde, um dos organizadores e programadores do IndieLisboa, justificando-o com a necessidade de reduzir o número de filmes e sessões «depois da edição de maior sucesso de todas [em 2010]».

O número de espectadores teve também «um aumento enorme» no ano passado, para 44 mil espectadores e, apesar dos cortes, a organização espera «pelo menos» ultrapassar os «40 mil espectadores outra vez».

Em competição estão seis longas-metragens e 14 curtas portuguesas. A redução nas verbas do festival obrigou ao fim de duas das suas actividades habituais, que, segundo os organizadores, «afectam directamente o cinema português»: as Lisbon Screenings (sessões de filmes portugueses ainda inéditos, reservadas a profissionais estrangeiros) e os IndieLisboa Days (extensões internacionais de filmes portugueses que eram feitas ao longo do ano após o encerramento do festival).

Entre as propostas desta edição do Indie destacam-se o concerto dos Tindersticks na Aula Magna, a 11 de Maio, com músicas produzidas especificamente para os filmes de Claire Denis e o workshop para seis realizadores portugueses que facilitará o acesso de dois deles à escola francesa Le Fresnoy.

Este ano, o Herói Independente do IndieLisboa é o realizador brasileiro Júlio Bressane, que, num programa em parceria com a Cinemateca Portuguesa, será homenageado com a exibição de 17 dos seus filmes e virá a Lisboa para acompanhar a retrospectiva e participar numa mesa redonda no Domingo.

Depois de Lisboa, o Indie fará, como habitualmente, extensões a outras cidades do país, estando já confirmadas Angra do Heroísmo, Vila Nova de Famalicão, Santarém, Alcobaça e Guimarães.

Veja a
programação completa no site do festival.

@Lusa