Bryan Singer, o conhecido realizador de quatro filmes da série "X-Men", vai relançar a carreira alguns meses após ser acusado de abusar sexualmente de um menor, no âmbito das ondas de choque do movimento #MeToo.

No que o The Hollywood Reporter (THR) descreve como "um passo na reabilitação da imagem do realizador", ele foi escolhido para levar ao cinema nova versão de "Red Sonja", que é um "spinoff" da banda desenhada "Conan, o Bárbaro".

Já existe uma versão cinematográfica de 1985 protagonizada por Brigitte Nielsen que se chamou em Portugal "Kalidor: A Lenda do Talismã".

Embora mantenha o crédito, Singer foi despedido em dezembro do filme "Bohemian Rhapsody", filme biográfico sobre o Freddie Mercury, vocalista dos Queen.

As causas apontavas foram um "comportamento instável" e  "pouco profissional".

Segundo vários relatos, este ausentava-se por dias ou chegava atrasado à rodagem, que estava a decorrer em Londres. Tinha também conflitos com Rami Malek, o ator da série "Mr. Robot" que interpreta Freddie Mercury. Os seus representantes apresentaram outra versão, dizendo que o estúdio não quis mostrar compreensão por Singer estar a lidar com um problema de saúde da mãe. Acrescentaram que já tinha resolvido os problemas com Malek.

No mesmo mês, o realizador foi acusado judicialmente de ter abusado sexualmente um jovem de 17 anos em 2003, atacando-o num iate. Nega "categoricamente" e promete "que se defenderá até o fim".

Em 2014, outros dois jovens acusaram o realizador de violações mas acabaram por retirar voluntariamente as queixas, tendo o advogado que os representada sido forçado a pedir desculpa pela ação de um deles, que em 2015 se declarou culpado num caso diferente de fraude.

Fonte do estúdio Millennium disse ao THR que Singer foi contratado para fazer de "Red Sonja" uma nova saga cinematográfica  porque "nenhuma das acusações parece ter credibilidade".