O Festival de Cinema de Berlim reabre ao público na próxima quinta-feira, com capacidade reduzida e um calendário de apenas sete dias, para tentar afastar a ameaça da pandemia.

A Berlinale é conhecida por apostar nos novos valores e na vanguarda cinematográfica, e a edição deste ano promete reforçar essa aposta e marca a diferença em relação às suas congéneres de Cannes ou Veneza.

Dois filmes espanhóis e uma produção mexicano-argentina estão na competição oficial, que conta com um total de 18 longas-metragens. O cineasta francês François Ozon abrirá o evento na noite de quinta-feira com "Peter von Kant", adaptação livre do filme "As Lágrimas Amargas de Petra von Kant", do alemão Rainer Werner Fassbinder.

Em seguida, destacam-se "Avec Amour et Acharnement", da francesa Claire Denis, "La Ligne", da também francesa Ursula Meier, e "So-seol-ga-ui Yeong-hwa", da sul-coreana Hong Sangsoo.

“Os filmes são, como todos os anos, uma boa descrição do mundo no seu atual estágio de mutação, mas também falam de como o mundo era e como deveria ser”, disse na apresentação do evento, em janeiro, o diretor artístico do festival, Carlo Chatrian.

"Nunca havíamos visto tantas histórias de amor como este ano: loucas, improváveis, inesperadas e inebriantes", acrescentou.

Embora os organizadores assegurem que apenas dois filmes em competição evocam a pandemia, a Berlinale promete, fora de competição, uma boa dose de cinema de arte e ensaio, obras peculiares e totalmente inspiradas no confinamento. O concurso convidou Isabelle Adjani, Emma Thompson, Sigourney Weaver, Charlotte Gainsbourg, Juliette Binoche e Mark Rylance para apoiar a apresentação das longa-metragens.

A francesa Isabelle Huppert receberá um Urso de Ouro especial pela sua longa carreira, durante a qual trabalhou com reputados autores de língua alemã, como Michael Haneke.

Num outro segmento da Berlinale, batizado de "Encontros", aparecem os filmes mais arriscados, como "A Little Love Package", do argentino Gastón Salnicki. E há outros convidados especiais, como o músico Nick Cave, em "This Much I Know To Be True".

A Berlinale também apresentará o primeiro documentário filmado no Sudão do Sul, "No Simple Way Home". Com ares politizados, a competição proclama o seu desejo de contribuir para a “descolonização” da indústria cinematográfica.

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