"Suicide Forrest Village”, do japonês Takashi Shimizu, venceu o Prémio de Melhor Filme de Cinema Fantástico 2021, na 41.ª edição do Fantasporto - Festival Internacional de Cinema do Porto, anunciou hoje a organização do certame.

O prémio de Melhor Filme Português foi para “A Mulher Sem Corpo”, de António Borges Correia, obra que aborda a violência doméstica.

"Estamos muito satisfeitos com os filmes" e "estamos muito satisfeitos com este espaço onde realizamos este ano o Fantas no lindíssimo espaço feito em plena Revolução Industrial", declarou Mário Dorminsky, durante a conferência de imprensa que decorreu no Hard Club, o antigo Mercado Ferreira Borges, no Porto, anunciando que, com o fim do estado de emergência, a organização criou uma “programação especial" com a reexibição de seis dos filmes premiados, neste próximo fim de semana, 1 e 2 de maio.

Mário Dorminsky destacou as "cinematografias japonesa" - em 2020 também ganhou um filme japonês "Ghosmaster" -, e "húngara", porque têm ganhado vários prémios ao longo das edições do Fantasporto, referindo que esses galardões no festival português vêm "catapultar" esses filmes a nível internacional.

O filme vencedor deste ano, "Suicide Forrest Village”, fala de duas meninas que são recolhidas perto da floresta dos suicidas e que, anos mais tarde, debaixo da casa onde passam a viver, encontram uma caixa estranha que vai dizimando os que entram em contacto com ela.

Trata-se de um “conto de horror”, em que Takashi Shimizu cruza “o passado e as sua lendas” com o presente.

O Prémio Especial do Júri foi para o filme “The Trouble with Being Born”, de Sandra Wollner (Alemanha), que já passou pelo Festival de Berlim, e conta a história de uma "androide com forma de criança, com memórias que valem muito para o seu dono, mas pouco para ela".

O filme está “envolto em alguma polémica, sobretudo entre a relação entre o androide e o seu pai”, refere a apresentação do filme.

“Post Mortem”, de Peter Bergendy (Hungria), arrecadou o Prémio de Melhor Realização e Prémio de Argumento. A película conta a história de um fotógrafo de fotos de família com os seus mortos, que chega a uma "aldeia apanhada pela gripe espanhola e que vive rodeada de fantasmas assustadores", lê-se no dossier de imprensa entregue aos jornalistas.

A longa-metragem “A Mulher Sem Corpo”, de António Borges Correia, é o filme vencedor na categoria de Melhor Filme Português, no Fantasporto 2021. Esta longa-metragem fala de uma mulher vítima de violência doméstica.

“Conhecemos a sua história através de Joana, uma dupla que habita os locais por onde a mulher passou. A fobia social fê-la fugir da família e do passado”, descreve a organização do certame.

Na categoria Melhores Efeitos Especiais foi distinguido o filme “O Cemitério das Almas Perdidas”, de Rodrigo Aragão (Brasil) e, na categoria de Melhor Curta-Metragem Fantasporto 2021, o filme premiado foi “Abracitos”, de Tony Morales (Espanha).

O Prémio Melhor Filme da Semana dos Realizadores 2021 recaiu sobre “Preparations to Be Together for na Unknown Period od Time”, de Lili Horvát (Hungria), e o Prémio Especial do Júri SR foi para o filme “Awauta”, de Mile Nagaoka (Japão).

A realizadora portuguesa Isabel Pina recebeu hoje o Prémio Fantasporto 2021 (Prémio Não Oficial), pelo “seu trabalho em prol do Fantasporto” e, sobretudo, pelo “documentário de longa-metragem '40 Anos de Fantasporto', que honra o festival em todo o mundo”, anunciou na conferência de imprensa Mário Dorminsky, fundador do festival.

Hoje também foi apresentado o livro "Fantasporto 40 anos - Uma História de Cinema", de Beatriz Pacheco Pereira, que assinala o “percurso de uma cooperativa cultural da cidade do Porto, que nasceu, ainda sob a forma de revista, na casa dos fundadores do Fantasporto", Mário Dorminsky e a autora.

A 41.ª edição do Festival Internacional de Cinema do Porto continua até 4 de maio.

Este ano, por causa da COVID-19, que obrigou ao fecho das escolas durante vários meses, não se realizou o Prémio de Cinema Português – Melhor Escola.

O Fantasporto regressa em 2022, entre 1 e 10 de abril, e vai decorrer no restaurado Cinema Batalha.

Em 2023, o Fantasporto deverá regressar “às habituais datas de final de fevereiro”, anunciou hoje a organização.

O certame deste ano recebeu propostas de 59 países, incluindo filmes oriundos dos Estados Unidos, América do Sul, Europa e Ásia, o que resultou em cerca de 50 filmes em competição.

No final do festival, 4 de maio, vão ser anunciados os Prémios da Crítica e do Público, disse Mário Dorminsky.

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