«Alfama» foi «a melhor criação sonora para uma curta-metragem, pela função estruturante do som na escrita do guião», considerou o júri do certame.

O Festival, que decorreu entre 21 e 26 de Março na célebre cidade-sede da Legião Estrangeira, é o principal acontecimento mundial consagrado à relação do cinema com o som.

No site do Festival pode ler-se que «Alfama é um filme sem diálogos, quase mudo se omitirmos o trabalho insólito de som, misturando grandes planos sonoros subjectivos, sons fora de campo, e bruitage síncrona, onde o som conta literalmente uma história».

O júri da competição internacional foi presidido por
Didier Desays, conhecido pensador do som no cinema, pelas obras «Para uma escrita de som» (2006) e «Para entender o Cinema» (2010).

Esta é a segunda vez que o trabalho do realizador português é reconhecido neste festival. Em 2005 recebeu, com a curta
«A Piscina», uma menção honrosa pelo trabalho do som e da fotografia. O galardão agora recebido estabelece uma nova marca para «Alfama», que já vai no quinto prémio.

A representação portuguesa incluiu ainda uma sessão de filmes escolhidos pelo
Indie Lisboa, um dos três festivais internacionais convidados por Aubagne para a edição deste ano.

A curta-metragem passará nos próximos meses pelo festival de Meccal, em Barcelona, pelos encontros europeus de Vannes, em França, e pelo Festival de Miami Beach, nos Estados Unidos.