Joe Exotic está atrás das grades, mas a Netflix segue em frente com "Tiger King 2", a continuação do fenómeno televisivo lançado no início da pandemia, que gerou uma batalha judicial antes mesmo do seu lançamento esta quarta-feira.
A sequela da série atualiza-se por telefone com um ofendido Joe Exotic, o excêntrico dono de um jardim zoológico e aficionado por grandes felinos, preso após ser considerado culpado pela tentativa de assassinato de Carole Baskin, a proprietária de um santuário de animais.
“Há um homem inocente na prisão”, afirma Exotic no trailer. "Todos do jardim zoológico estão a ganhar dinheiro e eu estou a pagar o preço por cada uma dessas pessoas", acrescenta.
Embora os 22 anos de prisão Joe Exotic tenham sido anulados em julho, ele continua a cumprir pena por conspiração de assassinato por encomenda e violações da lei federal de vida selvagem, aguardando uma nova sentença.
Mas "Tiger King 2" também foca-se no sub-enredo, possivelmente mais controverso, da série original: o desaparecimento do primeiro marido de Carole Baskin, Don Lewis, que, de acordo com afirmações não corroboradas de Exotic, teria sido servido como alimento aos tigres do santuário.
Carole Baskin, que nega qualquer ligação com o desaparecimento do seu marido, descartou os pedidos de participação na sequela e processou a Netflix por considerar a primeira temporada "dura e injusta".
Um tribunal da Flórida, porém, negou o pedido de Carole Baskin para uma ordem de restrição temporária que impedisse a estreia da nova série. Segundo fontes, a plataforma respondeu com documentos legais que respaldam o seu direito de usar imagens de Carole Baskin na sequela.
A Netflix não respondeu a um pedido de comentário sobre o processo, embora tenha lançando imagens da entrevista de "Tiger King 2", em que se comentam as alegadas ligações de Don Lewis com "homens realmente maus".
Segunda a Netflix, a série original foi vista por 64 milhões de subscritores nas primeiras quatro semanas após o seu lançamento, em março de 2020.
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