Sara Correia participa em "Glória", a primeira série portuguesa da Netflix, com estreia marcada para sexta-feira, dia 5 de novembro. Segundo a Universal Music Portugal, na produção do serviço de streaming, a cantora interpreta "Fado Perseguição".

"A fadista interpreta, na série, 'Fado Perseguição' acompanhada por um combo de Jazz, numa referência e homenagem ao encontro histórico entre Amália Rodrigues e o saxofonista americano, Don Byas, do qual viria a resultar o disco, 'Encontro'", resume a editora em comunicado.

No episódio,  Sara Correia atua com João Pedro Coelho, ao piano, Bernardo Moreira, no contrabaixo, André Sousa Machado, na bateria, e Tomás Marques, no saxofone.

"Esta é a primeira grande produção do panorama audiovisual português para a Netflix, que conta com a vasta experiência do Grupo SP e do autor e criador da série Pedro Lopes, bem como a realização do premiado cineasta Tiago Guedes", frisa a Netflix em comunicado.

O elenco conta com Miguel Nunes, Victoria Guerra, Carolina Amaral, Afonso Pimentel, Adriano Luz, Joana Ribeiro, Albano Jerónimo, Marcelo Urgeghe, Sandra Faleiro, Carloto Cotta, Maria João Pinho, Inês Castel-Branco, Rafael Morais e Leonor Silveira, Matt Rippy, Stephanie Vogt, Jimmy Taenaka, Ana Neborac e Augusto Madeira.

Segundo o serviço de streaming, "Glória" é uma série histórica de "suspense de espionagem, gravada na região do Ribatejo e em Lisboa, que decorre nos anos 60, no auge da Guerra Fria, na pequena aldeia da Glória do Ribatejo, onde se situa a RARET, centro de transmissões americano que emite propaganda Ocidental para o Bloco de Leste".

"João Vidal, um engenheiro de famílias ligadas ao Estado Novo, mas recrutado pelo KGB, vai assumir várias missões de espionagem de alto risco que podem mudar o curso da história portuguesa e mundial", resume o serviço de streaming.

De acordo com o autor, Pedro Lopes, "'Glória' é um thriller histórico baseado em factos reais". "Em Portugal, a ditadura perpetuava-se graças ao medo e à repressão da polícia política e a uma guerra em três frentes nas colónias que deixaria marcada uma geração. Um facto desconhecido de muitos portugueses é que durante quase 50 anos existiu uma cidade americana, construída pela CIA, numa zona remota do país, e que tinha como objectivo transmitir, via onda curta, propaganda ocidental para os países do Bloco de Leste", conta.

"A escrita foi um desafio de pesquisa para todos os argumentistas e filmar durante a pandemia só foi possível graças a uma equipa muito especial. Nenhuma outra série portuguesa teve tão grandes valores de produção, e tenho a certeza que fizemos um projecto diferente, original, com uma narrativa ágil e surpreendente, uma fotografia verdadeiramente cinematográfica, e uma realização com grande sensibilidade. Quanto ao elenco, tenho a certeza que vai dar que falar internacionalmente", acrescenta.

Já para Tiago Guedes, realizador da série, "'Glória' representa "um momento muito especial. Primeiro, porque me apresentou um mundo e uma realidade que desconhecia até ao momento, como é o caso da existência da RARET na Glória do Ribatejo e a importância do seu papel durante a Guerra Fria. Depois, por ser a primeira vez que Portugal criou e produziu um conteúdo Netflix, um marco importante para o mercado português que conquista assim um lugar nessa muito importante montra mundial. E, por último, porque me mostrou a resiliência, a vontade e o profissionalismo de toda uma equipa e elenco, que nunca baixaram os braços durante a pandemia global que estava a abalar o mundo inteiro, ainda sem vacinas. Superar os desafios diários vividos nos vários departamentos, para atingir os altos valores de produção exigidos pela Netflix, apenas foi possível com uma enorme disciplina e espírito de sacrifício de uma equipa incrível e incansável. Estou muito grato a todos os envolvidos".