O recurso a atores como Harrison Ford, Jessica Alba e Matt Damon, entre outros, resulta da intenção de combater este fenómeno “de uma forma completamente inovadora”, através de uma história dramática, “que agarre e faça com que as pessoas aprendam”, declarou hoje, na apresentação em Madrid, o editor, escritor e produtor do documentário, Adam Bolt.
Na ocasião, o produtor acrescentou que se quis transmitir a mensagem de que as alterações climáticas são “um problema que afeta as pessoas e as afeta agora”.
Neste sentido, os nove capítulos do “Anos de Viver Perigosamente”, produzido por James Cameron, entre outros, são conduzidos por diferentes atores e jornalistas de reconhecido prestígio, que não foram escolhidos “por terem uma cara bonita”, esclareceu Bolt, mas “por serem pessoas que já estavam comprometidas com estas causas”.
Além dos mencionados Ford, Alba e Damon, também vão participar os atores Arnold Schwarzenegger, Michael C. Hall (“Dexter”), Don Cheadle (“Hotel Rwanda”), Ian Somerhalder (“Perdidos”), Olivia Munn (“The Newsroom”), America Ferrera (“Betty”) e os jornalistas norte-americanos Lesley Stahl, Thomas L. Friedman, Chris Hayes e Mark Bittman.
O último episódio conta com uma entrevista de Friedman, que já ganhou três prémios Pulitzer, a Barack Obama, “a primeira que [o presidente dos EUA] concede a um jornalista para falar das alterações climáticas”, sublinhou Bolt.
Em antecipação do primeiro episódio, o editor relatou como Harrison Ford, que passou uma semana na Indonésia, a documentar a desflorestação que afeta o país, conseguiu uma entrevista com o ministro com a pasta das florestas do país, o qual, esperando fazer uma fotografia na companhia do ator, “se deparou com uma pessoa muito bem documentada que lhe fazia pergunta muito difíceis”.
Egito, Iémen, Síria, Chile e Bangladesh são alguns dos países onde o documentário foi rodado, durante mais de um ano e meio.
@Lusa
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