Carlos Costa, um dos três finalistas do concurso «Ídolos», da SIC, revela a SapoTV os seus sonhos e ambições. E garante que não pretende mudar de imagem para agradar a Manuel Moura dos Santos, presidente do júri.

Já te sentes um ídolo?

Tendo em conta que esse é o nome do programa e que eu estou entre os 3 finalistas, talvez sim. Mas acho que ainda há muita coisa para aperfeiçoar.

E quem são os teus ídolos?

Eu não tenho um ídolo, tenho várias pessoas que respeito artisticamente. Gosto da Leona Lewis, Beyoncé, David Bisbal, Ricky Martin...São artistas com quem me identifico. Vejo um ídolo como alguém exemplar.

Sentes que és já um exemplo para alguém?

Não tinha essa noção mas à medida que me vou cruzando com as pessoas na rua, comecei a aperceber-me que Portugal inteiro está de olhos postos em nós. Percebo que há pessoas que querem ser como nós.

O que é que este concurso mudou na tua vida?

Foi passar do anonimato para ser uma celebridade. Eu passo na rua e toda a gente sabe quem eu sou, o que faço ou deixo de fazer. Conhecem a minha família, e isso é tudo muito estranho. Antes saía à rua e era mais uma pessoa, agora sou o Carlos do «Ídolos».

Como lidas com essa fama?

Tenho dias...Há dias em que acordo e gosto de ser conhecido, gosto de ser abordado na rua com elogios. Mas há outros em que me apetece atar o cabelo e passar despercebido. A fama tem coisas positivas e negativas. Ser famoso pode dar-me trabalho e pode ajudar-me a fazer aquilo que mais amo, que é cantar. Mas a exposição e a especulação sobre a minha vida pessoal ... isso pode ser muito mau.

Como reages quando lês determinadas notícias a teu respeito nas revistas?

Nunca ligo. Consoante os títulos, acabo por ler um artigo ou outro. Sei a verdade e sei aquilo que sou. Mais tarde ou mais cedo vou conseguir provar o meu talento. Sou um rapaz normal, com uma família normal. Confesso que no início tive receio de mostrar os meus pais ao país, exactamente porque, posteriormente, não iriam ter paz. Tenho medo que eles venham a sofrer, porque fui eu o responsável por estar aqui. É o meu sonho e não o deles.

Qual o momento mais difícil nas galas?

As nomeações e o momento em que se ouve o nome da pessoa que vai sair. É terrível! Nós vivemos todos juntos e esta é a minha segunda família.

E que tal é ouvir as críticas do júri, principalmente as de Manuel Moura dos Santos? Ele chegou mesmo a dizer-te «Deus queira que não ganhes»...

Quando ouvi isso fiquei triste. Afinal foi o Manel que me pôs cá, ele fazia parte do júri nos castings. No entanto, respeito que ele tenha preferências. Espero sempre que ele consiga avaliar-me artisticamente e não pelos meus gostos musicais.

Consideras-te «diferente» dos outros. Mudarias alguma coisa em ti, caso o júri assim o entendesse?

Já me perguntaram várias vezes se eu seria capaz de mudar o repertório para agradar ao Manel. Seria incapaz de fazer isso. Ele tem a ideia de que só gosto de pop. Já cantei de tudo um pouco: baladas, rock, R&B e pop. Sou versátil e até fado cantaria se pudesse. Quanto à imagem e personalidade, nunca vou mudar para agradar ninguém. Podia estar a desiludir as pessoas que me apoiavam antes.

Achas que vais ganhar o concurso?

Espero que ganhe a pessoa que melhor agarre o prémio. No meu caso, quero conciliar o amor que tenho pela música com os meus estudos.

Quais são os projectos para o futuro?

Gostava de lançar um CD de originais. O meu objectivo é subir a um palco e montar um espectáculo. É isso que eu quero.

Se não ganhares, o que pretendes fazer?

Caso não ganhe o programa, tenho a certeza que surgirão outras propostas. Portugal, Londres, Nova Iorque ou China, sei lá...tudo depende do que aparecer.

(Entrevista: Joana Côrte-Real)

Veja, ou reveja, abaixo as fotos da participação de Carlos no «Ídolos».