O serviço em streaming Disney+ perdeu 2,4 milhões de subscritores nos últimos três meses de 2022, com o gigante do entretenimento a anunciar que vai suprimir sete mil postos de trabalho.
Esta é a primeira vez desde o seu lançamento, em 2019, que o Disney+ não regista um aumento de clientes num trimestre: entre julho e setembro do ano passado, tinha conquistado mais 12,1 milhões de subscritores.
Em todo o mundo, a plataforma concorrente da Netflix perdeu 1% de subscritores, ficando nos 161,8 milhões a 31 de dezembro. Ainda assim, não se confirmou a descida para os 157 milhões prevista elos analistas.
No total, segundo os resultados trimestrais da empresa, publicados esta quarta-feira, o grupo Disney teve receitas de 23,5 mil milhões de dólares de outubro a dezembro - um desempenho melhor do que o esperado pelos analistas.
No entanto, o grupo tranquilizou os mercados sobre as perdas das suas plataformas (Disney+, ESPN+ e Hulu), inferiores às previstas, de mil milhões de dólares entre outubro e dezembro.
A Disney também anunciou que vai cortar em breve sete mil empregos.
Cumprindo o plano estratégico, o grupo espera gastar perto de 30 mil milhões de dólares em conteúdo em 2023, mas "deverão ser cortados perto de três mil milhões de dólares em custos nos próximos anos, com exceção da área de desporto". Outros 2,5 mil milhões de custos sem ser conteúdos também devem ser cortados.
"Isto é necessário para fazer frente às dificuldades atuais", disse Bob Iger, o regressado diretor executivo do grupo, durante uma teleconferência.
Segundo o seu relatório anual de 2021, a Disney empregava a 2 de outubro desse ano 190 mil pessoas em todo o mundo.
Após Iger anunciar estas profundas mudanças estratégicas, as ações da empresa subiram 6,4% nas transações eletrónicas posteriores ao encerramento dos mercados.
(*) Notícia atualizada para corrigir informação sobre a queda das ações e acrescentar parágrafo sobre cortes orçamentais.
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