Devon Pravesh é uma das pfiguras mais acarinhadas pelos espectadores de "The Resident", que regressou para a sua quarta temporada em janeiro, na FOX Life - os novos episódios vão para o ar todas as semanas, às quarta-feiras, às 22h20.

O ator Manish Dayal, que veste a pele da personagem, esteve à conversa com o SAPO Mag durante uma conferência virtual.

"No início da quarta temporada, tudo começa de forma explosiva. Vê-se logo pelas caras. Falamos do vírus e da pandemia, das consequências que isso tem no nosso hospital. Iremos ver o primeiro paciente com COVID-19 a chegar às urgências e a forma como estamos todos a tentar responder à situação", começa por contar o norte-americano. "Depois, vamos avançar no tempo, vamos falar sobre a vida após a pandemia, depois da vacina", adianta.

Em conversa com o SAPO Mag, Manish Dayal conta ainda que a sua personagem "vai perder alguém devido ao coronavírus". "Por causa disso, vai entrar numa espiral e numa jornada relacionada com a pandemia porque perdeu uma pessoa com COVID-19. Esse enredo acaba por tocar em tantos assuntos diferentes, como a disparidade entre cuidados de saúde públicos e privados", resume.

Devon Pravesh é uma das personagens mais acarinhadas pelos espectadores de

"Acho que a minha perceção sobre os médicos mudou porque, ao longo desta experiência, percebi que estamos a contar histórias inspiradas em acontecimentos e pessoas reais... e que os médicos podem errar como qualquer outra pessoa", confessa, defendendo que, "às vezes, olhamos para os médicos como se não fossem humanos".

Sobre o futuro da sua personagem, Manish Dayal  adianta que, na quarta temporada, irá "sofrer a maior mudança" da sua vida. "Ele perde alguém que era muito próximo e que estava diretamente relacionado com o seu trabalho do dia a dia", lembra o ator. "Isso também o irá fazer reformular a sua vida como médico - vemos esse pico no episódio quatro. E veremos que a sua perspetiva sobre medicina também mudou, a sua perspetiva sobre hospitais privados e públicos também se altera. (...) Isso leva-o a cuidar de todos de forma igual. É muito importante para ele, tratar das pessoas independentemente da sua origem, do seu contexto económico. Todos merecem o mesmo nível de tratamento", sublinha.

Para o ator, o caminho traçado pela sua personagem tem sido positivo: "Gosto que tenhamos falado sobre como é ser estagiário, do seu primeiro dia fora da Universidade de Medicina, do início da sua vida profissional. E depois, avançando para a quarta temporada, vemos a sua experiência individual e como mudou como pessoa, como médico, como profissional".

"Tenho de confessar: quando li o guião do primeiro episódio não conseguia acreditar na tristeza", recorda. "A tragédia da COVID-19 marca o primeiro episódio e, quando o li, senti que era uma história que nos ia unir porque estamos viver todos juntos esta pandemia".

Em conversa com os jornalistas, o ator lembrou ainda que a pandemia obrigou a mudanças nas gravações na série. "Tem sido um desafio. Aprendemos todos os dias, somos testados três vezes por semana. Há protocolos rigorosos que têm de ser implementados em todas as produções. Estamos sempre com equipamento de proteção individual (EPI), só não estamos quando vamos filmar. A equipa usa EPIs e máscaras; tudo é desinfetado constantemente. Estamos a fazer o nosso melhor para cuidarmos uns dos outros, tanto no trabalho como fora do trabalho", frisa.

Questionado sobre se os espectadores o confundem com um médico, o ator confessa que "raramente" acontece. "Não aconteceu muitas vezes. Mas falam mais da vida amorosa falhada da série. (...) Fazem piadas e é muito divertido. Todos sabemos que não somos médicos de verdade, estamos apenas a retratá-los", remata.