![Max estreia documentário sobre o caso de Gisèle Pelicot](/assets/img/blank.png)
A Max estreia esta quarta-feira, dia 12 de fevereiro, "The Pelicot Rape Case", documentário sobre Gisèle Pelicot, que durante quase uma década foi drogada pelo marido e violada por dezenas de homens. Por opção da própria, o julgamento foi aberto ao público, na sua determinação de expor o violador – não a vítima.
"O que leva mais de 70 homens a alegadamente decidirem participar num dos crimes mais chocantes da história jurídica francesa? E o que leva uma mulher sozinha a escolher falar a sua verdade perante o mundo para os levar à justiça? Este filme examina os terríveis crimes de Dominique Pelicot e contrasta-os com a dignidade e coragem da sua ex-mulher, Gisèle", destaca a Max.
De acordo com a plataforma de streaming, o filme examina os crimes de uma perspetiva psicológica, jurídica e cultural, além de ouvir vozes da comunidade Mazan, onde os Pelicot viveram uma reforma aparentemente idílica".
"Dirigindo-se a quem esteve no tribunal todos os dias do julgamento e a quem assistiu de longe, o filme questiona como é que estes crimes puderam não ser denunciados durante tantos anos, o que isso significa para a forma como a agressão sexual é vista em França e no resto do mundo e que perguntas difíceis os homens precisam de se fazer sobre a masculinidade moderna", acrescenta o comunicado.
"The Pelicot Rape Case" foi produzido pela ITN Productions.
A vítima, que foi casada com Dominique 50 anos, tornou-se um ícone feminista por se recusar a ter um julgamento à porta fechada, para que “a vergonha mude de lado”.
A septuagenária “não tem medo”, quer participar e “está a preparar-se para enfrentar este novo julgamento com a mesma determinação e coragem”, afirmou o seu advogado, Antoine Camus.
Apesar de só comparecer na qualidade de testemunha neste julgamento, Dominique Pelicot está ainda a ser acusado pela unidade de “casos arquivados” de Nanterre por uma tentativa de violação em 1999 e por uma violação e posterior homicídio de uma agente imobiliária de 23 anos em Paris, em 1991.
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