O ator António Cordeiro morreu sábado, em Lisboa, aos 61 anos. Na sua conta no Instagram, Catarina Furtado recordou o colega e amigo. "António: nos bastidores, no palco do teatro e na televisão fomos contracenando a verdade e a ficção. Muito nos rimos, muito discordámos, muito gostámos de trabalhar juntos e muito aprendi contigo", começou por escrever a apresentadora da RTP1.

"Precisavas de partir. Mesmo que não te apetecesse porque amavas tanto a tua profissão que tão injustamente a vida te arrancou, os teus amigos a quem ligavas muito nos últimos tempos mesmo quando a doença te roubava a habilidade também da fala, e sobretudo a tua Helena, a guerreira que merece um aplauso tão gigante quanto o teu, e um descanso tão paradisíaco quanto o teu.
Lembro-me que quando estávamos nas gravações da série 'Cidade Despida' (aqui na fotografia) me contataste que Helena era mesmo a mulher da tua vida", recordou Catarina Furtado.

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O ator António Cordeiro morreu sábado, em Lisboa, aos 61 anos, informou a Academia Portuguesa de Cinema.

Revelado num papel secundário na série "Duarte & C.ª", em 1987, foi como protagonista da série policial "Claxon", da RTP, estreada em 1991, que se tornou conhecido do grande público.

António Cordeiro trabalhou também no teatro e no cinema, nomeadamente nos filmes de João Mário Grilo, "O Processo do Rei" (1990), e "Os Olhos da Ásia" (1996).

Mais recentemente fez "Índice Médio de Felicidade"(2017), de Joaquim Leitão, e "Um Gato, Um Chinês e o Meu Pai" (2019), de Paco R. Baños.

A telenovela "Espelho d'Água", da SIC (2017/18), está entre os seus últimos trabalhos.

António Cordeiro padecia de paralisia supranuclear progressiva, uma doença rara, degenerativa, e encontrava-se afastado da atividade.