“Depois de no ano passado, ainda em plena pandemia, ter tido a capacidade para transformar o que é habitualmente a maior festa do ano naquele espaço com milhares de pessoas, para uma festa 100% online com transmissão de 8 horas e mais de 30 artistas, este ano a festa faz-se com um pé nos dois mundos”, refere o Village Underground Lisboa num comunicado hoje divulgado.

O espaço, situado nos terrenos do Museu da Carris, em Alcântara, “vai poder receber fisicamente 120 pessoas mas irá também transmitir através da RTP Palco e no seu canal Vimeo, para que a arte de mais de uma dezena de artistas neste dia chegue ao mundo inteiro”.

A partir das 16h30 de sábado, e ao longo de seis horas, “o público é convidado a estar no espaço e assistir a várias performances artísticas em diferentes formatos”.

A atriz Joana Ruela apresenta “Anjo Caído”, o artista de circo Ricardo Paz apresenta “Merci mes Amours!”, performance em que é Lola Paz, “uma prostituta travesti, que expõe a sua história nua e crua desdobrada em várias conversas com o público sobre os homens e mulheres com quem partilhou experiências, desejos, violência, sedução, amores e desamores”.

Segundo o Village Underground Lisboa, “haverá ainda lugar à cocriação de Marta Viana com ‘Quarteto’, uma peça improvisada entre o som, o espaço e o corpo que retrata um instante, um ato único” e que conta com Yu Lin Humm (violoncelo e voz), Marta Viana (corpo e dança), João Valinho (bateria e objetos sonoros) e Pedro Rodrigues (sintetizadores modulares).

Rezm Orah e GaDutra irão apresentar Rezgate, havendo ainda atuações de DJ Glue, Leo Souflow, um ‘live act’ de Zoy e um DJ set de John-E.

“A apresentação dos artistas e dos seus ‘acts’ está a cargo de Jajá Roim, mulher travesti não-binária, marginal, brasileira, licenciada em pedagogia e em dança contemporânea, investigadora e artista que estuda novas tecnologias em educação-dança, usando a performance como metodologia de aproximação, formação e artevismo”, refere o Village Underground Lisboa.

Os bilhetes estão à venda no site do Village Underground Lisboa, em www.vulisboa.com.

Atualmente, o Village Underground programa DJ sets, de quinta-feira a sábado entre as 19h00 e as 22h00. A partir de 13 de maio, o espaço inicia a programação do Circuito Lisboa.

As salas de programação musical em Lisboa que integram a associação Circuito reabrem, este mês e em junho, com atividades culturais que envolvem centenas de artistas e outros profissionais da música.

B.Leza, Casa Independente, Casa do Capitão, DAMAS, Hot Clube de Portugal, Lounge, Lux Frágil, Musicbox, RCA Club, Titanic Sur Mer, Valsa e Village Underground Lisboa reabrem com uma programação que reúne 120 atividades e envolve 480 artistas e outros profissionais da música.

Esta programação é “o resultado visível” de um apoio da Câmara Municipal de Lisboa a estas salas, “com vista a assegurar a sobrevivência destes espaços, num projeto que viabiliza também o regresso de artistas aos seus palcos”.

A programação iniciou-se na segunda-feira, e as atividades agendadas irão “respeitar as medidas e orientação da Direção-Geral da Saúde em vigor”.

A lista de artistas já confirmados inclui, entre muitos outros, Amaura, Aurora Pinho, Cachupa Psicadélica, Cancro, DJ Marfox, dUASsEMIcOLCHEIASiNVERTIDAS, Éme e Moxila, Fast Eddie Nelson, Fogo Fogo, Gala Drop, Império Pacífico, Joana Machado Trio, Jon Luz, LOT, Lourenço Crespo, Mano a Mano + Rita Redshoes, Maria Reis, Mary B, Milton Gulli, Mynda Guevara, Narciso, P.S. Lucas, Primeira Dama, Rastronaut, Ricardo Toscano Trio, Scúru Fitchádu, Sreya, Tropa Macaca, Venga Venga, Violeta Luz e Zé Eduardo Trio.

Alguns destes espaços, caso do B.Leza, do Musicbox, do Titanic Sur Mer ou do RCA Club, estão encerrados desde março do ano passado. Ou seja, há mais de um ano.