“O orçamento de 40 mil euros, superior ao do ano passado, conta com uma participação de 22 mil euros da Câmara Municipal de Tondela e com o apoio de empresas de pequena, média e grande dimensão, porque o número de entradas não vai cobrir a diferença do subsídio para o custo”, assumiu o presidente da ACERT.

Luís Tenreiro acrescentou que a Câmara Municipal de Tondela “é o principal parceiro ao longo dos anos”, o que “vai permitindo esta resistência da ACERT para ultrapassar e 'dar a volta' às contrariedades que vão surgindo”, lembrando os cortes da Direção-Geral das Artes, anunciado em 2018.

O festival tem entrada gratuita no primeiro dia e, depois, tem um custo de cinco euros a pulseira que dá acesso a todo o Tom de Festa, ou seja, “fica a um euro por dia, para garantir que todos os cidadãos possam usufruir da mesma forma, com o mesmo direito, da música, das artes plásticas, da animação e da gastronomia” deste festival.

“É para isso que servem os apoios e os subsídios, para garantir que a cultura possa chegar a todos os cidadãos, independentemente das suas condições económicas”, frisou a coordenadora da programação.

Ilda Teixeira considerou que “o preço do bilhete só é possível, graças ao compromisso com as empresas e com a autarquia que potencia os agentes culturais, porque entende que a cultura é um agente que cria riqueza e desenvolvimento”.

“Os nossos orçamentos não são 'mãos largas', e não podemos competir com a concorrência que vai aparecendo nos concelhos vizinhos e no próprio concelho, mas continuamos a apostar na qualidade da programação”, admitiu Luís Tenreiro.

O responsável associativo defendeu “a qualidade” como ponto base do festival e “a divulgação de vários géneros musicais e de grupos, uns recentes e outros com larga experiência, e conhecidos em várias partes do mundo”, como “é a matriz” da ACERT.

Uma matriz elogiada pelo autarca tondelense que assumiu que “não se trata de mais uma edição, trata-se da edição do Tom de Festa” que coloca Tondela “na esfera da ambição de fazer bem e melhor, de serem criativos e essa é a grande arma” da ACERT que “motiva [a câmara] a ser parceiro neste projeto”.

“O Tom de Festa renova-se a cada ano, tem a particularidade de ser um dos festivais mais antigos da região, mas essa longevidade é acompanhada da renovação e da inovação, ou seja, não se trata de nenhuma réplica de outro festival, trata-se da autenticidade que se quer manter como um grande festival de músicas do mundo”, assumiu José António Jesus.

O autarca considerou que as “músicas e grupos alternativos, de qualidade” que participam no festival “alargam aquilo que é o contacto com experiências, com conceitos, com a inovação e com a renovação” o que, no seu entender, “é uma marca muito importante para quem ao longo destes anos soube mater, no primeiro plano, a promoção cultural, e artística, associadas a este evento”.

O evento, este ano, também tem uma vertente ambiental, explicou Luís Tenreiro, “para acabar com os copos plásticos usado nas bebidas, à entrada compram, por um euro, um copo reciclável, ou uma caneca de metal, ainda está por decidir, que será devolvido à saída, se as pessoas assim o entenderem, na devolução do copo”.