Francisco Maria Pereira, Miguel Coimbra e Miguel Cristovinho são os três rapazes, três amigos que dão origem aos D.A.M.A, o grupo musical que agora regressa com uma força renovada de um novo álbum, enquanto o seu single "Luisa" continua a conquistar o público. Com concerto marcado para dia 13 de julho, como primeira parte do concerto dos One Direction, o sapinho esteve à conversa com este grupo que enfrenta agora os nervos de atuar para a sua maior audiência de sempre.

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Como surgiu este vosso projeto? Como se conheceram? 

Miguel Coimbra: Ele (Francisco) é basicamente o nosso porta-voz, por isso...

Francisco: Ok. O projeto começou há bastante tempo. Eu e o Miguel Coimbra fomos do  mesmo colégio, da mesma turma durante imensos anos e tínhamos uma particularidade, que era escrever as nossas composições de português em poema. A professora deixava-nos, dava-nos essa liberdade porque as coisas até corriam bem e nós tínhamos uma espécie de rivalidade saudável para ver quem escrevia os melhores poemas. Depois fomos crescendo, o hip-hop começou a tornar-se mais popular e nós achámos que as nossas letras podiam ser acompanhadas por uma sonoridade que lhes fizesse justiça. Começámos por trabalhar também com uma rapariga que era vocalista e que acabou por se afastar do projeto ... de livre vontade! O Miguel (Cristovinho) era também nosso conhecido e, basicamente, um dia acabámos por nos juntar os três. Começámos a desenvolver a ideia e a enviar imensos emails para editoras até que fomos acolhidos pela nossa Sony! E aqui estamos nós.

Como se sentem ao ouvir as vossas músicas na rádio?

Miguel Coimbra: Sinceramente, saber que posso ouvir a minha música na rádio é aquilo que me faz ficar com o rádio ligado até ao fim!

Sabemos que vocês foram escolhidos para fazer a primeira parte do concerto dos One Direction, o que provavelmente vai ser a vossa maior plateia de sempre. Como se sentem?

Miguel Cristovinho: Não é provável, é certo! Esta vai ser mesmo a nossa maior plateia de sempre e, de facto, é algo que estamos entusiasmados. Ainda assim, a ideia de ter trinta mil ou cinquenta mil pessoas é algo irrelevante só por si quando, basicamente, chegas a um ponto em que pensas "ok, é imensa gente" e já não interessa serem mais ou menos mil. Já houve concertos igualmente grandiosos, como no Sudoeste, por exemplo.

Contudo, desta vez vão ter uma visão periférica a partir do palco.

Miguel Cristovinho: Sim, essa é a parte que assusta! Desta vez vamos ter não só à nossa frente, como também bancadas superiores ao nosso lado. Estamos mesmo ansiosos.

O que vos fez desistir das vossas vidas académicas e apostar neste projeto?

Francisco: Acho que tudo se resume ao sentimento de realização. Eu terminei o meu curso, estagiei por ano e meio numa sociedade de advogados mas nunca tive aquele sentimento de realização enquanto o fazia. E isso muda no que toca à música onde basicamente podemos dizer que, quando se faz o que se gosta, na verdade nunca chega a ser trabalho.

O que acham que mudou nas vossas vidas desde então? 

Miguel Coimbra: Acho que nada.

Miguel Cristovinho: Nada!

Francisco: Eu acho que a única diferença é o facto de, agora, quando acordo, saber que vou fazer aquilo de que gosto! Vou ter um concerto, vou cantar. Isso é a minha rotina agora e fico logo feliz.

Qual o próximo passo na vossa carreira?

Miguel Coimbra: Acho que agora vamos esperar pelo novo álbum que está prestes a sair e, se tiver o sucesso que nós esperamos que tenha, então aproveitaremos o momento e começaremos a pensar num próximo de seguida.

Já que vão estar com os rapazes, que membro dos One Direction escolheriam ser?

Francisco: Não sei, mas estou certo que se fossem perguntar a eles sobre nós, eles iam escolher-me! (risos)

Miguel Cristovinho: Eu cá era o Harry, com os caracolinhos.

Miguel Coimbra: Um deles? Eu mal sei quem eles são pela cara!

Se pudessem trocar de vida com alguém, quem seria essa pessoa?

Francisco: Eu escolhia a pessoa que está do outro lado quando eu lavo os dentes de manhã! (Risos)

Miguel Coimbra: Eu não trocava.

Miguel Cristovinho: Eu também não.

Nem por um momento que fosse? Nada que cobicem? 

Francisco: Neste momento, estamos agradecidos por ter tudo o que podíamos ter!

Quem convidavam para vos cantar os parabéns? 

Francisco: Eu diria estes dois, mas eles já lá vão estar de qualquer forma, por isso queria o Eminem. (Risos)

Miguel Coimbra: Então eu junto o Mac Miller nisso!

Miguel Cristovinho: Eu cá chamava o John Mayer.

Se escrevessem um livro sobre a vossa vida, que titulo que dariam?

Francisco: Essa é uma pergunta interessante...

Miguel Cristovinho: Bastante mesmo.

Francisco: Mas tu podias ser "Eu, Miguel" (Ri, gozando com Miguel Cristovinho)

Miguel Cristovinho: Ok, pode ser! "Eu, Miguel".

Francisco: Eu mudaria uma letra apenas. "Livre".

Miguel Coimbra: Eu ficaria por "Eu e os paspalhos".

Se estivéssemos na época dos Descobrimentos e pudessem atribuir o vosso nome a um país, qual seria?

Francisco: Calma, calma, tipo a "Franciscolândia"? (Risos)

Sim, exatamente.

Francisco: Ah, então eu queria o Brasil!

Miguel Cristovinho: Eu também!

Miguel Coimbra: Eu, por mais que goste do Brasil, tinha de optar por algo mais nacional. As ilhas do sul de Portugal são simplesmente lindas.