Esta quinta-feira (25), o popular ator francês Gérard Depardieu declarou-se inocente das acusações de violação e agressão sexual, acrescentando que "não tem nada a temer".
"Sou inocente", disse Depardieu em entrevista ao jornal italiano La Repubblica, na qual ele garante que as acusações são "infundadas".
"Não há provas, não há nada contra mim", acrescentou.
“Para mim, a investigação foi arquivada”, explicou o ator numa pausa entre filmagens do novo filme do realizador Patrice Leconte.
Depardieu, que interpreta o famoso comissário Maigret, reiterou "o caráter totalmente infundado das acusações".
“A única coisa que posso fazer é rejeitar em termos muito claros todas as acusações, como já fiz perante os investigadores”, insistiu.
O ator de 72 anos revelou que que comparecerá em tribunal a 10 de março para reiterar a sua inocência.
Na terça-feira, fontes revelaram à agência France Press que Depardieu tinha sido indiciado a 16 de dezembro do ano passado em Paris por "violação" e "agressões sexuais", alegadamente cometidas em 2018 contra uma jovem atriz.
O ator garantiu que "está muito surpreendido com a decisão do tribunal de reabrir a investigação", que havia sido encerrada "por falta de provas".
Sobre a jovem atriz que apresentou a queixa contra ele, prefere "evitar falar".
“A cobertura do caso pela comunicação social parece-me terrível. Vivemos numa época dominada por um fluxo contínuo e implacável de informações”, lamentou.
“Com todos estes canais de 'streaming', os novos media, os sites, as redes sociais, é como se vivêssemos com um auricular no ouvido que transmite constantemente notícias negativas e muitas vezes falsas e tendenciosas. Odeio tudo isso”, acrescentou.
A atriz, que tem menos de 30 anos, acusou-o de várias violações e agressões sexuais ocorridas nos dias 7 e 13 de agosto de 2018 na casa parisiense de Depardieu.
Após a Procuradoria de Paris encerrar a investigação em junho de 2019, a atriz registou novamente uma queixa e um juiz de instrução reabriu a investigação em agosto de 2020, de que resultou a acusação a 16 de dezembro.
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