O intérprete, compositor e produtor, de 28 anos, arrecadou o galardão pelo seu álbum de estreia “Process”, um trabalho que mistura sons eletrónicos com cadências de rhythm and blues (R&B), lançado em fevereiro.
Sampha atuou este ano em Portugal durante a sexta edição do festival NOS Primavera Sound, no Porto, em junho.
Sampha impôs-se a estrelas como Stormzy, que participava com o disco “Gang Signs & Prayer”, Ed Sheeran (“÷” ou “Divide”) e a Kate Tempest (“Let Them Eat Chaos”).
“Sinto que estou a sonhar. Isto é incrível”, afirmou o músico ao receber o galardão das mãos do ator britânico Idris Elba, na noite da passada quinta-feira.
“Obrigada ao júri por considerar que o meu álbum é bom o suficiente”, afirmou Sampha, que dedicou o prémio aos seus pais, procedentes da Serra Leoa, agradecendo-lhes por lhe terem oferecido “a melhor educação possível”.
O cantor de jazz Jamie Cullum, um dos membros do júri do prémio Mercury, felicitou Sampha através das redes sociais, mostrando-se “emocionado” pelo seu êxito, que não foi prognosticado pelas casas de apostas.
Durante a cerimónia, em Londres, o músico interpretou ao piano o tema “(No One Knows Me) Like the Piano”, enquanto Stormzy ofereceu ao público “Firt Things First/Blinded By Your Grace” e Alt-J cantou “Deadcrush”. Também atuaram The Big Moon (“Cupid”), Loyle Carner (“The Isle of Arran”), Blossoms (“Charlemagne”) e Dinosaur (“Living, Breathing”).
O Mercury Prize foi criado no começo dos anos 1990 para reconhecer a qualidade artística da música que se produz no Reino Unido, atravessando diferentes géneros “da música contemporânea”.
O galardão, no valor de 28 mil euros, está para a música como o Booker Prize está para a literatura e o Turner Prize para a arte, lê-se no ‘site’ oficial do Mercury Prize.
O prémio foi atribuído pela primeira vez em 1992 aos Primal Scream pelo álbum “Screamadelica”.
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