Sacha Baron Cohen pode ter decidido reformar definitivamente Borat, mas isso não quer dizer que vá deixar de criar números de comédia completamente desconcertantes.

Uma entrevista a Jimmy Kimmel na quinta-feira à noite (4) para falar de "Borat, O Filme Seguinte" e "Os 7 de Chicago", e das vitórias nos Globos de Ouro, teve um desenvolvimento inesperado para juntar a outros bem célebres, como quando levou Ali G aos Óscares contra a vontade da Academia, caiu de um camelo no festival de Cannes e despejou as supostas cinzas de Kim-Jong Il para cima do apresentador Ryan Seacrest.

Durante a entrevista, o comediante britânico recebe uma chamada no seu telemóvel de "Bono", a quem diz que tem "a AstraZeneca" e "um pouco de Pfizer", abrindo a seguir um frigobar atrás de si cheio de embalagens parecidas com as que conservam as doses das vacinas contra a COVID-19.

Quando o apresentador lhe pergunta se era o Bono dos U2, Cohen desconversa, dizendo que era um "Bono diferente: Chaz" (filho de Cher).

Mas logo a seguir, uma segunda chamada, agora do "Tom". Não Hanks ou Holland, mas Cruise.

"Amigo, não precisas de mim, és velho o suficiente para receber [a vacina]", diz ao telefone, antes de, numa piada à Cientologia, a religião do "interlocutor", dizer "Pensei que os Thethans eram imunes."

Muito requisitado, a terceira chamada recebida por Cohen foi de Kanye West, a quem informa que tem seis doses, aparentemente a leste das notícias de que o rapper se está a divorciar de Kim Kardashian, com quem tem quatro filhos.

Quando Kimmel lhe disse objetivamente que parece que está a vender vacinas a celebridades, Cohen mostra-se sério e na melhor retórica mafiosa, responde para avançar com a entrevista se também quer continuar a ter pernas para andar.

Entretanto, a esposa de Cohen, a atriz Isla Fisher, aparece com dinheiro "do [Mark] Ruffalo" e acaba por admitir que tomou bem mais do que duas doses recomendadas para a vacinação.

Quando Kimmel comenta que tudo aquilo parece ser ilegal e Cohen devia estar mais focado nos Óscares, a resposta é desconcertante: "Esta é a minha campanha para os Óscares. Jimmy, vamos colocar as coisas assim: ninguém da Associação de Imprensa Estrangeira em Hollywood [dos Globos] vai apanhar COVID-19 nos próximos tempos".

E a seguir "começa" a parte mais inesperada da entrevista.

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