"Queria uma grande festa este ano, até que um bicho [COVID-19] se intrometeu e nos virou as máscaras. A máscara é agora de verdade", afirma Sérgio Godinho em comunicado divulgado pela promotora do espetáculo, Vachier.

Assim, o aniversário será celebrado com espetáculos no Teatro Maria Matos, em Lisboa, ao lado dos Assessores, os músicos que habitualmente tocam com Sérgio Godinho - formação que inclui Nuno Rafael, Miguel Fevereiro, João Cardoso, Nuno Espírito Santo e Sérgio Nascimento.

Embora inicialmente estivesse previsto apenas um concerto, a 31 de agosto, foram anunciados mais três no mesmo espaço: dias 1, 15 e 21 de setembro, sempre a partir das 21h00. "O Novo Normal", a sua canção mais recente, inspirada pela pandemia COVID-19, deverá fazer parte do alinhamento.

O cantautor volta à sala onde, em 2007, fez uma temporada de cinco espetáculos para apresentar, na altura, o álbum "Ligação Directa". As atuações resultaram, depois, na edição do álbum ao vivo "Nove e meia no Maria Matos", lançado em 2008.

Sérgio Godinho nasceu no Porto, em 1945, e é considerado um dos renovadores da música portuguesa nos últimos 50 anos.

Estudou Psicologia em Genebra, durante dois anos, foi ator de teatro e começou a exercitar a escrita de canções nos finais dos anos 1960, sendo de 1971 o seu primeiro álbum, "Os Sobreviventes", a que se seguiram mais 30 editados até aos dias de hoje. "Nação Valente", o mais recente, saiu em 2018.

Apesar de ser conhecido sobretudo pela música, Sérgio Godinho tem canalizado a escrita criativa por outros géneros, como teatro, argumento para cinema, ficção para crianças, poesia e contos, em títulos como "O Pequeno Livro dos Medos", "O Sangue por Um Fio" e "Vida Dupla".

Em 2016 editou "Coração mais que perfeito", o primeiro romance, ao qual se seguiu "Estocolmo", em 2019.