Neil Portnow, que tem um recorde de 16 anos como presidente da Recording Academy, anunciou que não tentará uma extensão do seu mandato quando o seu contrato terminar, em julho de 2019.

Portnow era uma figura que não provocava controvérsias até a mais recente edição dos prémios Grammy, em janeiro passado.

Consultado por um jornalista depois da cerimónia sobre a razão de não haver mais mulheres premiadas com a maior recompensa da indústria, Portnow disse que as artistas tinham que "redobrar esforços" e falou da necessidade de mais orientação.

Grandes estrelas como Katy Perry e P!nk manifestaram a sua indignação por esses comentários e um grupo de mulheres da indústria musical pediu a renúncia de Portnow como parte do movimento Time's Up contra a desigualdade de género.

Num comunicado divulgado nesta quinta-feira, Portnow não fala do incidente, mas disse que queria uma transição ordenada para escolher o seu sucessor.

"A evolução das indústrias, instituições e organizações é a chave para a sua relevância, longevidade e êxito", disse.

A maioria dos premiados na 60ª edição dos Grammys foram homens, embora algumas mulheres - Adele e Taylor Swift - tenham ganhado o prémio principal, o de álbum do ano, nos dois anos anteriores.

No entanto, Portnow é reconhecido por promover a diversidade racial e de género, em parte pela sua decisão de mudar a votação dos prémios para permitir sufrágios online, que assegura uma melhor representação.