Um relatório publicado esta sexta-feira afirma que Sharp, um ex-executivo do setor bancário que assumiu o comando da BBC em 2021, violou as regras ao não relatar que havia auxiliado o então primeiro-ministro Boris Johnson a obter um empréstimo de 800.000 libras (cerca de 907000 euros).

Sharp foi nomeado pouco depois da concessão do empréstimo para comandar a corporação pública de rádio e televisão.

O relatório "conclui que violei o código de governança para nomeações públicas", mas que esta violação "não invalida necessariamente a nomeação", explicou Sharp no comunicado em que informa a renúncia.

Sharp admite a violação das regras de conflito de interesses para altos funcionários do Reino Unido, mas afirma que foi algo "inadvertido e não material" para sua nomeação para a BBC.

"Eu decidi, no entanto, que o correto é priorizar os interesses da BBC", destacou no comunicado, ao confirmar que deixará o cargo no final de junho para que o grupo tenha tempo de encontrar um novo presidente.

"Sinto que esta questão pode muito ser uma distração para o bom trabalho da corporação caso eu permaneça no cargo até o final do meu mandato", acrescentou.

A ministra da Cultura, Lucy Fraser, afirmou "entender e respeitar" a decisão e agradeceu a Sharp pelo seu trabalho como presidente da BBC.