O Prémio Literário Fernando Leite Couto resulta de uma parceria entre a fundação com o mesmo nome (criada pelo pai do escritor Mia Couto, em Maputo), a Câmara de Comércio Portugal Moçambique (CCPM) e a Câmara Municipal de Óbidos, “com o objetivo de promover e premiar jovens escritores moçambicanos e a produção de obras os países de língua oficial portuguesa”, disse à agência Lusa a técnica da autarquia responsável pelo Folio – Festival Literário Internacional de Óbidos, Paula Ganhão.

O prémio será lançado no último dia do festival que decorrerá em Óbidos, no distrito de Leiria, entre os dias 14 e 24 de outubro, num momento da programação que contará com a presença de Mia Couto, escritor que presidirá ao júri que escolherá, entre as candidaturas que vierem a ser recebidas, as obras vencedoras.

O vencedor do prémio, que terá um valor monetário ainda não revelado, terá a respetiva obra impressa pela CCPM e ganhará uma viagem a Portugal para participar no Folio e realizar em Óbidos uma residência literária.

“A residência deverá durar cerca de um mês, em que o escritor poderá desenvolver a criação literária e participar em projetos com a comunidade, que poderão ser ao nível de iniciativas nas escolas, nos centros de terceira idade, ou outras”, disse Paula Ganhão.

Durante a sua permanência em Óbidos o escritor terá ainda direito a uma bolsa monetária de 500 euros.

Entre as novidades desta edição do Folio a organização destaca ainda, no âmbito da programação da Fundação Gulbekian, parceira do festival, o lançamento da coleção completa de obras do filósofo e ensaísta Eduardo Lourenço, que morreu no dia 01 de dezembro de 2020, com 97 anos.

O percurso daquele que é considerado um dos maiores pensadores portugueses estará em destaque no penúltimo dia do festival, na programação do Folio Mais, no âmbito da qual Guilherme Oliveira Martins e José Carlos Vasconcelos serão oradores na mesa “Eduardo Lourenço: uma obra a ler e a estudar”.

O Folio teve a sua primeira edição em 2015, num investimento de meio milhão de euros, comparticipados por fundos comunitários.

Palco de lançamentos de livros, debates, mesas redondas, entrevistas, sessões de autógrafos e conversas, entre escritores e leitores, o Folio passou no ano seguinte a ser suportado pela autarquia que, para este ano, prevê um orçamento próprio de 256 mil euros.

O festival que não se realizou em 2020 devido à pandemia de COVID-19 é o primeiro evento presencial a ser retomado na vila de Óbidos.

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