O tom fortemente político durante a entrega dos prémios Grammy no domingo em Nova Iorque despertou a indignação de um dos filhos do presidente Donald Trump e da sua embaixadora na ONU, Nikki Haley.
O anfitrião da cerimónia, James Corden, apresentou um vídeo em que várias celebridades e Hillary Clinton liam trechos do livro "Fire and Fury", uma crítica jornalística ao primeiro ano de sua presidência.
O livro, publicado no início de janeiro pelo jornalista Michael Wolff, apresenta Trump como mal informado, intelectualmente limitado e instável.
"Ler um trecho de um livro de #fakenews nos Grammy parece ser um grande prémio de consolação por perder a presidência", escreveu Donald Trump Jr no Twitter, aludindo à derrota de Clinton nas eleições presidenciais de 2016.
De acordo com o filho do presidente, "quanto mais Hillary aparece na televisão, mais o povo americano percebe o quanto é bom ter @realDonaldTrump" na Casa Branca.
Por sua vez, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, não mencionou Hillary, mas considerou que as celebridades estavam equivocadas.
"Sempre gostei dos Grammy, mas ver artistas lerem o livro 'Fire and Fury' deu cabo deles. Não arruínem a música com lixo. Alguns de nós amam música sem misturá-la com política".
Na semana passada, a diplomata negou os rumores gerados após uma entrevista de Michael Wolff de que estaria a ter um caso amoroso com o presidente.
No final do vídeo, Hillary Clinton cita uma passagem do livro segundo a qual o presidente gosta de comer no McDonald's: "O Grammy está garantido", assegurou-lhe James Corden.
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