
O "Concerto à Pala", marcado para as 21:00, marcará o início de uma "nova programação regular de concertos gratuitos" que pretende "dar visibilidade a jovens talentos da música nacional, num espaço emblemático da arquitetura portuguesa contemporânea", indica a diretora executiva do equipamento da Universidade de Lisboa (UL), Rita Tomé Rocha, em comunicado.
No dia 01 de maio, o renovado Centro de Exposições do Pavilhão de Portugal abre portas ao público entre as 10:00 e as 18:00, com uma mostra que propõe uma leitura visual e literária contemporânea do poeta Luís de Camões (1524-1580), intitulada "Meu matalote e amigo Luís de Camões".
A exposição acompanha os grandes eixos da obra "Os Lusíadas" e da lírica camoniana, cruzando literatura, arte e património, e propõe um diálogo inovador entre o texto do poeta e as artes visuais, segundo a organização da UL.
No dia 22 de maio, aniversário da abertura da Expo’98, será inaugurada a nova Sala de Estudo aberta 24 horas para todos os estudantes da cidade, a Biblioteca Mega Ferreira e o Centro Interpretativo do Parque das Nações, numa parceria com a Universidade de Lisboa, a Câmara Municipal de Lisboa e a Junta de Freguesia do Parque das Nações.
A exposição "Meu matalote e amigo Luís de Camões" reunirá esculturas de Simões de Almeida e Canto da Maya, pinturas de José Malhoa, Columbano, Veloso Salgado, Cristóvão de Morais, Lourdes Castro, Géricault, e de James Ward a partir de Ticiano.
Entre os artistas representados estão ainda Domingos António de Sequeira, Luca Cambiaso e Abraham Bloemaert.
A fotografia contemporânea também está integrada na exposição, com obras de Candida Höfer, Thomas Ruff, Jorge Molder, Hiroshi Sugimoto e Luís Pavão.
As peças foram cedidas por instituições como o Museu Nacional de Arte Antiga, Museu Calouste Gulbenkian, Museu Nacional de Arqueologia, Academia das Ciências de Lisboa, Palácio Nacional da Ajuda, Museu Nacional Soares dos Reis, Museu Nacional Grão Vasco, Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian, Coleção de Fotografia Novobanco, entre outros.
O edifício do Pavilhão de Portugal foi desenhado por Álvaro Siza para a Expo’98, com projeto de engenharia de Segadães Tavares, e é hoje um marco da arquitetura portuguesa, em grande parte devido à icónica pala, suspensa por cabos de aço, que foi incluída entre as dez melhores construções do mundo feitas em betão, numa lista publicada pelo jornal The Guardian, em 2016.
A requalificação foi acompanhada pelo próprio ateliê do arquiteto premiado com o Pritzker em 1992, respeitando o projeto original, segundo a direção executiva.
O espaço reabre como centro multidisciplinar, com Centro de Exposições e Centro de Congressos, preparado para acolher eventos culturais, científicos e corporativos, em ligação à UL.
A programação de maio inclui ainda a participação do equipamento na iniciativa de divulgação da arquitetura contemporânea Open House Lisboa, nos dias 10 e 11 de maio, permitindo visitas gratuitas ao interior do Pavilhão.
Embora tenha sido originalmente construído para a Expo’98, a gestão e requalificação do Pavilhão de Portugal estão integradas na estratégia cultural e académica da Universidade de Lisboa, que é responsável pela sua programação e utilização futura.
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