Na sua primeira entrevista televisiva desde que aceitou dar a cara na reportagem de 5 de outubro do jornal The New York Times como vítima de assédio sexual de Harvey Weinstein, a atriz Ashley Judd surpreendeu ao revelar o que diria se encontrasse agora o produtor caído em desgraça.

"O que diria ao Harvey é 'Gosto de ti e percebo que estás doente e a sofrer. E também existe ajuda para um tipo como tu. E depende de ti obter essa ajuda", respondeu numa entrevista gravada para o programa Good Morning America emitida esta quinta-feira.

Durante a conversa com a jornalista Diane Sawyer, Ashley Judd recordou as circunstâncias do encontro com o produtor há quase 20 anos, cuja reputação duvidosa desconhecia, quando este a atraiu para o seu quarto para o que seria um encontro de negócios e acabou a pressioná-la para obter massagens e sexo.

Perante a persistência e sistemática "negociação", a atriz lembrou-se de uma coisa para se safar: prometeu que poderiam ter algo mais íntimo quando ela ganhasse um Óscar por um dos seus filmes.

"E ele respondeu 'Sim, quando fores nomeada' e eu disse 'Não, quando ganhar'. E fugi", recordou.

"Tenho orgulho disso? Tenho dois pontos de vista. A parte que me envergonha diz 'Não'. A parte de mim que percebe a forma como a vergonha funciona diz 'Isso foi absolutamente brilhante. Bom trabalho, miúda. Conseguiste sair dali. Muito bem.", revelou.

Entre outras revelações, a atriz foi questionada se Weinstein devia ir para a prisão.

"Se for um violador, sem dúvida que ele devia ir para a prisão" foi a resposta.

Veja mais um excerto da entrevista.

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