Lisboa foi a capital que recebeu de braços abertos o “Faz Música Lisboa” no passado dia 22 de junho. O projeto consiste na realização de um dia dedicado aos músicos amadores e profissionais da cidade Lisboeta. Assim, desde as 14 horas da tarde, quem passeava pelas ruas da cidade era surpreendido com mais de 60 bandas espalhadas por 12 palcos.
A capital estava dividida por diversos géneros musicais, desde Jazz, Blues, Fado, Folk, Rock, clássica até às músicas do mundo e músicas da América Latina.
Como não podia deixar de ser, o Sapo On The Hop andou pelas ruas de Lisboa para te contar alguns dos pontos principais deste evento, principalmente para os amantes do estilo rock. Tanto a Avenida da Liberdade bem como o Largo de Camões foram os grandes palcos deste estilo e encheram-se de belas guitarradas e batidas intensas.
O nosso ponto de partida para esta grande viagem foi o palco que estava localizado mais ou menos a meio da Avenida, junto do quiosque Maritaca, (Av. Liberdade II).
15 horas! Estava na hora marcada para a entrada da primeira banda, os Rockkover, contudo, devido a alguns imprevistos, deram uma reviravolta à ordem do cartaz e os primeiros a atuar foram os Prismatic. Uma grande banda de entrada para aquele que iria ser um grande dia de rock!
A banda composta por dois guitarristas e um teclista prenderam as pessoas às cadeiras da esplanada, que deliravam a cada batida mostrando a sua admiração pela banda.
Tocaram com orgulho alguns dos seus temas principais como: “Parte de nós” e “Um passo” agradecendo no final toda a dedicação dada durante o pequeno concerto: “Obrigado Avenida” – gritavam na despedida. Vinte minutos de boa música que deixou o público motivado para esperar pela próxima banda.
3, 2, 1 e já estava tudo pronto para a entrada dos Rockkover, “Boa noite Avenida da Liberdade, alias… boa tarde! Mãos no ar!” - saudou divertido o vocalista que sonha com um dia vir a atuar para milhares de pessoas (quem é a banda que não sonha?).
Como o próprio nome indica, os Rockkover são músicos conhecidos pelas suas covers de artistas de rock. Uma banda jovem que divertiu todo o público com a sua boa disposição, bem como os fez relembrar de alguns grandes êxitos do rock e heavy metal. Começando por “TNT” dos AC/DC, passando por “Summer of 69” de Bryan Adams, “It’s My Life” dos Bon Jovi terminando com “Born to Be Wild” dos lendários Steppenwolf. Ainda houve tempo para um pequeno encore, com Metallica.
Eram 18h45 e estava na altura de subir a Avenida em busca de novas surpresas! Avistamos outro aglomerado de pessoas ao fundo e percebemos que de outra banda se tratava!
Os Wolf Lips, junto a outro quiosque (Av. Liberdade I), que faziam com que o café ou o sumo da tarde das pessoas se tornasse muito mais agradável. Com um estilo virado para o rock alternativo e com uma voz feminina, o grupo tocou algumas das suas músicas originais como: “Hardcore”, “Hush Hush” e “Broke”.
A cantora mostrou-se comunicativa com o público admitindo-se revolucionária: “Esta música é revolucionária, tal como eu”. Aproveitou também para dedicar uma canção ao seu pai que a via da primeira “fila”, orgulhoso.
Descendo pela Avenida conseguíamos ouvir várias bandas, vários sons, que nos contagiavam e faziam as pessoas aproximarem-se formando aglomerados até ao Rossio.
Entravamos agora numa outra dimensão, um som diferente, um público diferente. Os solos, a roupa preta e as batidas energéticas eram deixadas para trás enquanto melodias mais calmas e harmoniosas se ouviam, eram os Alcateia que estavam a brilhar formando uma roda de pessoas à sua volta que esperavam por ouvir algumas das suas músicas como: “Saltar de Paraquedas” ou “Canção de Amor”.
Subindo a Rua do Carmo podíamos observar alguns animadores de rua, bailarinos ou cantores, o típico da nossa Lisboa que não para de surpreender os turistas que por lá passam. Chegamos então ao famoso Largo de Camões, aí o aparato é outro, um grande palco e muitas pessoas à sua volta! Era ali que mais um momento importante da noite iria acontecer!
Às 21h00 deram entrada os Patos Bravos, que este ano regressaram à cena musical!
Acompanhados na guitarra por João Só, fizeram rir toda a plateia com o seu bom humor, lançando piadas e dedicando músicas a figuras públicas como a Bárbara Guimarães, a Alexandra Lencastre, Rui Veloso, ou mesmo ao nosso primeiro ministro, Passos Coelho.
Cantaram alguns dos êxitos que o público fez questão de acompanhar com toda a dedicação e animação: “Revolução 74”, “O filho do Rock”.
Depois, foi a vez de João Só ficar “Só” no palco e mudar completamente de registo, passando para um concerto completamente acústico. Ele e a sua guitarra encantaram miúdos e graúdos que baloiçavam ao som de “Meu Bem”, “A marte” ou “Fogo”.
Mas a noite não terminava ali, para além dos Asterisco Cardinal Bomba Caveira que iriam encerrar esse palco, também em outros palcos se estava a fazer música. Como é o caso do palco Av. Liberdade III, onde o Sapo On The Hop terminou esta viagem por Lisboa.
Junto ao Hard Rock Café, mais um quiosque dava apoio às pessoas que se mantinham sentadas a ver mais uma banda de rock puro, como é o caso dos Flaming Joseph.
Um grupo com um espirito divertido e comunicativo. As guitarras gemiam e as pessoas escutavam com toda a atenção, abanando os seus pés ao ritmo acelerado da bateria até a banda se despedir.
Não demorou muito até a última banda montar o seu pequeno palco. Era a vez dos Corda mostrarem o que valem! Um grupo constituído por cinco elementos apresentaram-nos um rock perfeito para terminar um dia em grande. “Boa Sorte” é um dos seus singles.
E “Boa Sorte” é o que o Sapo On The Hop deseja para todos os artistas que hoje fizeram um excelente trabalho no “Faz Música Lisboa”.
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