A mulher de Bill Cosby  falou pela primeira vez esta quinta-feira, 3 de maio, numa dura reação contra a condenação do seu marido por agressão sexual e culpou a imprensa, os procuradores e a alegada vítima pelo "linchamento" público.

"No caso de Bill Cosby, as acusações sem provas evoluíram para linchamentos", denunciou Camille Cosby, num comunicado de três páginas, no qual evoca a condenação de outros homens negros que eram inocentes, além de denunciar o racismo contra o seu marido.

"Mais uma vez, uma pessoa inocente foi considerada culpada com base na histeria que não questiona, precipitada, inconstitucional, propagada pelos media", denunciou.

"Isso é um linchamento, não é justiça real. Esta tragédia deve ser resolvida não apenas por causa do Bill Cosby, mas pelo país", completou.

Há uma semana, após 14 horas de discussões, um júri da Pensilvânia declarou o ator norte-americano Bill Cosby, de 80 anos, culpado por drogar e agredir sexualmente Andrea Constand, de 45, em janeiro de 2004.

Casada com o ator há mais de 50 anos e mãe de seus cinco filhos, Camille pediu "uma investigação penal ao procurador" e à sua equipa,  disse à imprensa, referindo-se à "demonização impiedosa" do marido e à "aceitação sem reparos das denúncias das acusadoras". Também acusou Andrea de mentir sob juramento.

O comediante pode ser condenado a uma pena máxima de 30 anos de prisão.