Mané Peixoto, ‘designer’ e ilustradora, venceu o prémio na categoria de ilustração, depois de Catarina Fonseca ter sido distinguida em julho passado com este mesmo galardão na vertente de texto.
O livro ilustrado “Eu e o segredo do Faraó”, que resulta destas duas fases do prémio literário, vai ser publicado em dezembro por aquela empresa de retalho e as duas autoras vão repartir os 50.000 euros do galardão em partes iguais.
De acordo com o júri da fase de ilustração, a proposta de Mané Peixoto “destacou-se pela grande qualidade gráfica do desenho geometrizado, que consegue ser também extremamente expressivo e que se relaciona com o texto de forma sensível e bem-humorada”.
Mané Peixoto tem formação em Design de Comunicação e Desenho e em 2017 ilustrou o livro “O Elefante Olifant”, com Diana Dinis, publicado pela Biblioteca Infantil de Roterdão, nos Países Baixos.
Jornalista e escritora, autora de várias obras para adultos e jovens, Catarina Fonseca venceu o prémio com uma história inspirada na cadela Milinha, que a autora acolheu em adulta.
"A escritora quis escrever uma história divertida, acreditando que miúdos (e graúdos) precisam de rir e perceber que vale a pena lutar pelo que querem. Desde tenra idade nunca teve a oportunidade de ter um cão e foi preciso esperar até à idade adulta, para receber em casa a ‘Milinha’ que serviu de inspiração para a obra vencedora", referiu a organização em nota de imprensa.
Catarina Fonseca venceu em 1987 o Prémio Revelação da Associação Portuguesa de Escritores com o livro "A herança" e em 1988 foi distinguida com o Prémio Inasset para Inéditos de Literatura Infantil com "A malta do 2.ºC".
"Boi Vermelho" (1997), "A Guardiã" (2000), "O Conto da Gazela" (2003) e "O clube das encalhadas" (2006) são outras obras de Catarina Fonseca.
Ao fim de dez edições a premiar novos autores sem obra publicada, a organização decidiu que o Prémio de Literatura Infantil Pingo Doce passaria, a partir deste ano, a reconhecer "exclusivamente, trabalhos originais e inéditos de autores e ilustradores que já tenham obra publicada em livro".
O Prémio de Literatura Infantil foi criado em 2014 por aquela empresa de retalho e é considerado o prémio literário com maior valor monetário em Portugal na área do livro para a infância.
O júri do prémio na categoria de texto integrou Dora Batalim SottoMayor, Álvaro Magalhães, Mafalda Milhões, Regina Duarte e Filipa Pimentel.
O júri da categoria de ilustração foi composto por João Fazenda, Madalena Matoso, António Jorge Gonçalves, Maria João Fernandes e Filipa Pimentel.
De acordo com a organização, numa década, este prémio literário “já permitiu a revelação de vinte novos talentos nas áreas da literatura e do design gráfico e ilustração, que se traduziram em 10 obras e mais de 175.000 livros com o selo Prémio de Literatura Infantil”.
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