Leonardo DiCaprio não fez uma doação de 10 milhões de dólares para apoiar o governo da Ucrânia [cerca de 9,18 milhões de euros] nem a sua avó nasceu no país, o que desmente uma notícia que circulou em vários meios da comunicação social no início da semana e foi reproduzida no SAPO Mag.

Fonte próxima do ator revelou sob anonimato à ABC News, ao Insider, à revista People e ao MovieMaker que este está solidário com a Ucrânia, mas apenas apoiou organizações humanitárias como a CARE, o Comité Internacional de Resgate, a Save the Children e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. Os valores não foram revelados.

"As doações foram todas humanitárias e em apoio à Ucrânia e ao seu povo. Ele tem acompanhado o desenrolar das coisas e queria apoiar a Ucrânia da melhor maneira possível. Ele continuará a apoiar os grupos humanitários no terreno, ajudando o povo da Ucrânia", destacou a fonte ao MovieMaker.

Muitas das notícias citavam o Visegrád 24 e o Polish News, que entretanto removeram os conteúdos.

A notícia falsa que continua a circular dava conta que a doação tinha sido confirmada pelo Fundo de Investimento Internacional de Visegrado, mas o projeto de assistência financeira ligado ao Grupo de Visegrado (aliança de cooperação formada por Hungria, Polónia, República Checa e Eslováquia) também fez um desmentido nas redes sociais: "Hoje em dia, as notícias falsas estão presentes em todas as formas e formatos. Por exemplo, alguns meios de comunicação informaram hoje que o Fundo Internacional de Visegrado anunciou uma doação de 10 milhões de dólares de um famoso ator americano para ajudar a Ucrânia. Por favor, esteja atento às suas fontes, acompanhe jornalistas e meios de comunicação confiáveis ​​e não espalhe notícias falsas."

Apesar da proliferação da notícia falsa, Daniel Dale, o "polígrafo" da CNN, disse que à GSA News que o mais provável é que a origem tenha sido a notícia inicial da própria GSA News, que dizia ter recebido a informação de várias fontes dentro da Ucrânia, incluindo da comunicação social local.

A GSA News manteve a ligação à notícia inicial, mas fez uma retratação por não ter conseguido verificar as informações e apresentou um pedido de desculpas.