O espetáculo itinerante, que se inspira também na série de 22 gravuras “Los Disparates”, do pintor Francisco de Goya, é o exercício final do projeto europeu École des Maîtres 2023.

Dirigido pelo ator e encenador franco-argentino Marcial Di Fonzo Bo, em colaboração com a dramaturga e tradutora Marianne Ségol-Samoy, este espetáculo coloca em palco quatro portugueses, quatro belgas, quatro italianos e quatro franceses.

“Cada ator vai falar na sua língua, mas vai ter também a oportunidade de falar noutro idioma. Só teremos um pequeno pedaço falado em inglês, porque é inspirado na obra de Shakespeare”, evidenciou.

No final de um ensaio aberto à imprensa, que decorreu ao final da tarde de sexta-feira, Marcial Di Fonzo Bo explicou que é intencional “proporcionar ao público ouvir atores em várias linguas”.

“Não é um trabalho fácil, mas é assim o trabalho de um ator europeu”, acrescentou.

Durante cerca de hora e meia, os 16 jovens europeus, que pretendem ser atores, dão vida a um trabalho que está “em constante construção” e que começou a desenhar-se a 28 de agosto.

“Não se trata de um trabalho terminal que colocaremos em palco. É uma etapa de todo este trabalho que está em curso, depois de termos começado em França, passado pela Bélgica, por Itália e agora Portugal”, referiu.

A École des Maîtres é um projeto internacional de formação teatral avançada, idealizado por Franco Quadri, em 1990.

Desde 2019, é coorganizado em Portugal pelo Teatro Académico de Gil Vicente e pelo Teatro Nacional D. Maria II.

A edição deste ano decorre com o apoio de quatro países europeus – Bélgica, Itália, França e Portugal – e tem como objetivo “relacionar jovens artistas europeus (com idades entre os 24 e os 35 anos), oriundos de escolas de teatro europeias e com experiência profissional, com encenadores de renome internacional”.