O autor moçambicano concorreu sob o pseudónimo de Natália O. Campos com o trabalho “Teatro de Marionetes (ou Ensaio sobre a Mecânica Descritiva da Desertificação dos Homens)”, uma "narrativa distópica com tendência para a ficção científica", nas palavras do júri.

Trata-se de "uma rara proposta literária em Moçambique", acrescentou o júri, uma obra "criativa, complexa e de grande fôlego, deixando entrever o investimento posto na sua elaboração".

O autor vive e trabalha em Maputo, é pedagogo de formação, já foi docente e é atualmente especialista de educação no setor não-governamental.

A escrita de Jofredino Faife já lhe valeu outras distinções: foi vencedor do Prémio Fundação Rui de Noronha 2009 com “Memórias de Um Carteiro”, trabalho inédito, e também ganhou o Prémio TDM de Literatura 2012 com “Filha de Um Deus Menor”.

O Prémio Imprensa Nacional/Eugénio Lisboa foi criado em 2017 pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda, numa parceria com o Camões - Centro Cultural Português em Maputo, e inclui a edição da obra vencedora e a atribuição de cinco mil euros ao vencedor.

Concorreram à edição deste ano um total de 41 textos.

Fizeram parte do júri, o médico e escritor Mbate Pedro, na qualidade de presidente, Sara Laisse, diretora da Fundação Fernando Leite Couto, e Paula Mendes, editora-chefe na Imprensa Nacional.