Dedicado às temáticas do 'Mito' e da 'Marca' e com um investimento de 291 mil euros, o festival Imaginarius, que decorre, numa primeira fase, de 27 a 30 de maio em formato híbrido, juntará 171 artistas de cinco países.
Em consequência da pandemia da covid-19, o Imaginarius – Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira celebra a sua 20.ª edição numa “realidade dual”, com a programação a dividir-se em dois momentos: de 27 a 30 de maio em formato ‘hibrido’ e de 09 a 12 de setembro nas ruas da cidade.
“Foi a pandemia que nos levou a repensar o festival”, afirmou hoje o vereador da cultura autarquia e diretor-executivo do Imaginarius, Gil Ferreira, durante a apresentação da programação para o primeiro momento.
Segundo Gil Ferreira, este ano, o festival recupera a temática prevista para a edição de 2020 - o “Mito” - agregando-a à nova temática da “Marca”, como forma de encerrar a trilogia iniciada em 2019, dedicada ao tema da Memória.
De 27 a 30 de maio, vão passar pelo palco virtual, mas também por alguns equipamentos de Santa Maria da Feira (distrito de Aveiro), como a Quinta do Castelo, o Cineteatro António Lamoso e o auditório da Biblioteca Municipal, 171 artistas oriundos de cinco países (Brasil, Espanha, França, México e Portugal).
Nos quatro dias de programação, 14 companhias/artistas vão apresentar 14 diferentes projetos (11 no palco digital e três presencialmente), sendo que destes, “nove são estreias absolutas e cinco são estreias nacionais”, revelou o vice-presidente da autarquia.
Quanto à programação no espaço público, destaca-se a estreia da criação “Subtil Preludio à Humanidade” da SALTO – Internacional Circus School, que decorre a 27 e 28 de maio, pelas 21:00, e a 29 e 30 de maio, pelas 11:00, no Cineteatro António Lamoso.
Na Quinta do Castelo, vão estar patentes, durante os quatro dias, duas criações: “Despojos da Torre de Babel” de Alexandra Couto e Paulo Pimenta e “O Cubo” de Elisabete Sousa e Diogo Martins.
No auditório da Biblioteca Municipal, estreia dia 27 de maio, pelas 21:00, a curta-metragem “Very Very Funny”, de Rui Paixão, André Costa Santos e Mariana Machado, que poderá depois ser vista em formato ‘online’.
Também no Quartel dos Bombeiros Voluntários da Feira, em homenagem aos 100 anos da corporação, ficará patente um mural pictórico no âmbito do projeto “Auxilio no Perigo” de Godmess.
De livre acesso e totalmente gratuitas, as apresentações em formato digital vão poder ser acompanhadas através do “mapa interativo”, que fica disponível hoje no ‘site’ do Imaginarius e que é adaptado a vários formatos digitais.
O mapa interativo percorrerá “vários locais emblemáticos, alargando-se pelos 213 quilómetros quadrados do concelho”, tais como a Casa dos Choupos, a Praça Gaspar Moreira, o Mercado Municipal, as Termas de São Jorge, Castro Romariz e o Parque da Ribeira do Imá.
Pelo digital vão passar criações como a “Sinfonia das Hortas”, da Orquestra Criativa, o “Get Ready”, do TwoMuch [iniciativa de cooperação com a rede de festivais europeus Roundabout Europe], o “Ulisses”, do Auéééu Teatro, o “Urban Pantheon”, do Teatro em Caixa, “A Ciegas”, da Companhia Elelei, “Risas de Papel”, do Circonciente, “Poemas com Cheirinho”, de Filipe Alexandre Santos, “Dandelion or the Theory of Possible Words”, da Societat Valentinas, e “[Histórias Encaixotadas]”, de Varanda Teatro.
Presente na sessão de apresentação da programação, o presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa sublinhou que este é “um regresso prudente” do festival.
“A pandemia não nos deixa fazer o festival em plenitude, mas hoje é um dia feliz, estamos a cumprir com a resiliência”, afirmou, acrescentando que o Imaginarius está “cada vez mais a transformar a Feira”.
De acordo com o autarca, o investimento no festival será de 291 mil euros, sendo que este agrega o previsto para a edição de 2020 e 2021.
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