O antigo produtor de cinema americano Harvey Weinstein, que cumpre uma pena de 23 anos de prisão por violação e agressões sexuais em Nova Iorque, será transferido em breve para Los Angeles, abrindo a via para um novo julgamento por outras agressões, decidiu a justiça esta terça-feira.
Durante meses, os seus advogados opuseram-se a esta transferência, alegando sobretudo razões médicas. Mas o juiz Kenneth Case, do condado de Erie, onde está detido o produtor, rejeitou os seus pedidos e deu luz verde à transferência durante uma audiência privada.
Embora não tenha seja fixada uma data para a transferência, o juiz pediu que seja "o mais rapidamente possível".
Os promotores de Los Angeles preveem que a viagem ocorra "entre o fim de junho e meados de julho", disse uma porta-voz do promotor do condado de Erie.
No final da audiência, Harvey Weinstein cobriu o rosto com as mãos.
O ex-todo-poderoso produtor de Hollywood, de 69 anos, é acusado em Los Angeles de violação e agressão sexual contra cinco mulheres. Se for considerado culpado, pode ser condenado a uma pena até 140 anos de prisão.
Ele sempre negou as acusações, tanto em Nova Iorque como em Los Angeles, e garante que todas as relações foram consentidas.
No início de abril, apelou formalmente da sentença contra ele por violação e agressão sexual em Nova Iorque, recebida em março de 2020, após um julgamento mediático em Manhattan, que foi considerado uma vitória do movimento #MeToo.
No total, cerca de 90 mulheres acusaram Weinstein de assédio ou agressões sexuais.
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