O “Ciclo AUTOMAT: Literatura e Inteligência Artificial” vai decorrer às 19h00 no Goethe-Institut, em Lisboa, mas vai estar também disponível online, com tradução simultânea.

“Numa era em que os algoritmos dominam já profundamente a nossa vida económica, política e social, que transformações causará a inteligência artificial no mundo das letras?”. Esta é a questão que serve de ponto de partida para o ciclo.

No primeiro dia, ao vivo no instituto e em streaming no Facebook, o público é convidado a acompanhar o trabalho da tradutora literária Helena Topa no evento “Tradutora Transparente: Woman vs. Machine”.

Helena Topa irá traduzir ao vivo excertos do romance Malina, de Ingeborg Bachmann, em competição com uma plataforma de tradução automática.

A tradutora irá comentar o seu trabalho, visível ao público através de uma projeção num monitor, convidando-o a colocar questões, fazer sugestões ou criticar algumas escolhas, num intercâmbio ativo, não só com o próprio texto, mas também com as técnicas de tradução, explica o Goethe-Institut, em comunicado.

No dia 14 de outubro, terá lugar o segundo evento do ciclo, “Arte ou Algoritmo: Inteligência Artificial e Tradução”, em que o poeta digital e filósofo alemão Hannes Bajohr conversa com a investigadora portuguesa Ana Margarida Abrantes sobre o impacto e a potencialidade das técnicas de inteligência artificial no mundo das palavras.

Este debate vai girar em torno de “questões essenciais da literatura”, tais como “em que consiste a criatividade?”, “o que faz um(a) autor(a)?” e “o que acontece quando lemos um texto?”.

O evento será em português e alemão, com tradução simultânea.

Também no âmbito do ciclo “AUTOMAT: Literatura e Inteligência Artificial”, foram publicados no Portal de Literatura Contemporânea de Expressão Alemã vários artigos sobre o tema da tradução automática e digital e até um teste para descobrir as diferenças entre uma tradução humana ou por inteligência artificial.