A comitiva, que está de visita nos Estados Unidos até quarta-feira, inclui organizadores do festival Terras Sem Sombra, o Grupo de Cantadores da Aldeia Nova de São Bento, autarcas de municípios alentejanos e representantes de algumas empresas portuguesas, em deslocação para criar ligações com potenciais parceiros norte-americanos.

José António Falcão, diretor-geral do Terras Sem Sombra, disse aos jornalistas que o objetivo da visita é “internacionalizar o Alentejo”, tal como se tem feito em todas as edições, depois de estender a programação ao Brasil, Espanha e Hungria.

A visita começou pelo Centro Comunitário Português de Virgínia, na cidade de Manassas, onde se realizou um almoço com a comunidade portuguesa, contando também com a presença da Embaixada de Portugal em Washington.

A ambição, disse José António Falcão, é que o Alentejo se dê a conhecer como “um destino de arte, de música e de natureza de primeira ordem” e também como “destino muito cosmopolita, que alinha com a vanguarda daquilo que á a criação em termos internacionais”.

Neste sentido, diz o responsável, as instituições como câmaras municipais, empresas e centros comunitários, que estão ao lado da organização, “procuram dar o seu melhor” para esta promoção territorial do Alentejo.

O embaixador de Portugal nos Estados Unidos, Domingos Fezas Vital, disse que as reuniões que vão acontecer entre entidades portuguesas e norte-americanas foram marcadas para que cultura abra “uma porta económica e institucional”, mostrando que esta é “a diplomacia dos nossos tempos”, com múltiplas vertentes.

Hoje, os representantes das autarquias alentejanas vão ter um encontro na Prefeitura de Washington e uma reunião de trabalho sobre o conceito de ‘smart cities’: “o que são as cidades de hoje e no que estão a apostar nos Estados Unidos em termos de inovação”, disse o embaixador.

A Associação de Agricultores do Sul (ACOS), a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), o Porto de Sines e a Adega Cooperativa da Vidigueira têm vários encontros ao longo do dia de hoje e terça-feira com associações e membros do Congresso.

Na terça-feira, os congressistas luso-americanos Jim Costa, Devin Nunes e Lori Trahan vão receber os presidentes das câmaras de Beja, Cuba, Ferreira do Alentejo, Serpa, Sines e Vidigueira, os representantes das empresas e membros da embaixada portuguesa nos EUA para conversações a nível de política local e regional.

Domingos Fezas Vital declarou que os encontros marcados não foram fáceis de conseguir, porque passaram pelo período de Natal, Ano Novo e ainda, atualmente, o ‘shutdown’ (encerramento parcial do governo norte-americano), que “afeta 25% da administração norte-americana e que desmobiliza as pessoas e não contribui para que se obtenham as respostas tão depressa quanto [se gostaria]”.

O almoço cultural, realizado no Centro Comunitário Português de Virgínia, contou com a atuação musical do Grupo de Cantadores da Aldeia Nova de São Bento.

O ensaiador, Pedro Mestre, disse que o coro trabalha sempre para “apresentar o Alentejo no seu melhor, (…) no seu todo” e preservar “o mais genuíno cante” – o cante alentejano – considerado Património Imaterial da Humanidade.

O Festival Terras Sem Sombra tem início no dia 26 de janeiro e estende-se até julho, com programação em 11 concelhos alentejanos e em dois municípios da Extremadura espanhola, tendo, nesta edição, os Estados Unidos como país convidado.

Nesta 15.ª edição, o tema do festival é “Sobre a Terra, sobre o Mar - Viagem e Viagens na Música (Séculos XV-XXI)” e, para além da música, inclui atividades de promoção turística, ambiental, empresarial e de política local.

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