A edição de 2025 do NOS Alive chegou ao fim este sábado, 12 de julho, com uma despedida que ficou marcada por uma avalanche sonora e visualmente intensa. Os Nine Inch Nails, liderados pelo incansável Trent Reznor, tiveram a missão de fechar o festival, que recebeu ainda os Muse, CMAT ou Foster The People.

No Passeio Marítimo de Algés, em Oeiras, os Nine Inch Nails conquistaram a multidão com um espetáculo ambicioso, onde os jogos e flashes de luzes se aliaram a um alinhamento intenso. O público entrou de corpo e alma na experiência conduzida por Trent Reznor, que, aos 60 anos, continua a imprimir uma força quase sobrenatural em palco, entregando-se com intensidade total a cada explosão rítmica.

No regresso a Portugal, os Nine Inch Nails levaram os fãs numa viagem sonora entre o rock industrial, o metal e punk-rock. O alinhamento abriu com temas como "The Beginning of the End", "Wish", "March of the Pigs" ou "Piggy".

A celebração coletiva ganhou força e intensidade com temas como “Copy of A” e “1,000,000”, que fizeram o público vibrar em uníssono. Para o final, a banda reservou “Burn”, “The Perfect Drug”, “The Hand That Feeds”, “Head Like a Hole” e, por fim, “Hurt”, que carimbaram um adeus energético e catártico, encerrando o concerto com a grandiosidade sombria que só os Nine Inch Nails conseguem conjurar.

O regresso dos Muse

Três anos depois, os Muse regressaram a Portugal - a banda atuou na edição de 2022 do Rock in Rio Lisboa e foi convocada para o NOS Alive depois do cancelamento dos Kings of Leon. 

A lista de concertos da banda de Matthew Bellamy em Portugal já é longa — uma história que começou a ser escrita em 2000, no Festival da Ilha do Ermal, e que desde então soma momentos marcantes, com espetáculos celebrados no MEO Arena, em Lisboa, e no Estádio do Dragão, no Porto.

No 17.º concerto solo nacional, os Muse apresentaram um espetáculo com uma cenografia futurista e provaram que a máquina continua muito bem oleada. O concerto arrancou com “Unravelling”, novo tema da banda e que antecipa o próximo álbum.

MUSE
MUSE créditos: Rita Sousa Vieira

No NOS Alive, a banda prestou homenagem a Diogo Jota. Chris Wolstenholme, baixista da dos britânica, subiu ao Palco NOS com uma camisola da Seleção Nacional com o nome e o número do avançado português.A escolha não passou despercebida entre o público que encheu o recinto de Algés para assistir à atuação da banda no último dia do festival.

Ao longo da noite, o grupo recordou os grandes sucessos, deixando apenas de fora os temas do álbum de estreia. "Psycho", "Madness", "Plug In Baby", "Time Is Running Out", "Supermassive Black Hole", "Uprising" e "Knights of Cydonia" marcaram os momentos mais electrizantes e memoráveis da noite, envolvendo o público numa onda de energia que se foi renovado a cada acorde.

Para o encore, os Muse guardaram três grandes trunfos: "Undisclosed Desires" e "Starlight", que contou com uma sessão de fogo de artifício.

MUSE
MUSE créditos: Rita Sousa Vieira

No NOS Alive, Matthew Bellamy, Christopher Wolstenholme e Dominic Howard reforçaram a sua ligação com o público português, provando mais uma vez porque continuam a ser uma aposta segura e vencedora nos grandes festivais. A entrega intensa da banda, aliada a um alinhamento que equilibrou clássicos e novidades, conquistou os fãs, que não hesitaram em acompanhar cada riff, cada refrão, com um entusiasmo contagiante.

O futuro sorridente de CMAT

CMAT
CMAT créditos: Rita Sousa Vieira

Antes de Nine Inch Nails e Muse tomarem conta do palco NOS, CMAT apresentou-se pela primeira vez aos fãs portugueses, apresentando a sua mistura singular de pop, country e folk que conquistou o público.

Ciara Mary-Alice Thompson, a artista irlandesa por detrás do nome CMAT, destacou-se com letras espirituosas e narrativas carregadas de humor e emoção, abordando temas como o amor, o desgosto e as batalhas pessoais com uma leveza e sinceridade contagiantes.

O concerto contou com temas do seu álbum de estreia, “If My Wife New I’d Be Dead” (2022), que a tornou uma referência na cena indie-pop, e também de “Crazymad, for me” (2023), onde explorou as emoções complexas da separação.

Feliz com a reação dos festivaleiros, a artista saltou as grades e juntou-se à multidão, que a recebeu em clima de festa, entre danças e saltos.

Com uma base de fãs cada vez maior e uma energia contagiante em palco, CMAT confirmou no NOS Alive que é uma das artistas mais promissoras da atualidade, deixando a plateia ansiosa pelo que ainda está por vir.

Este sábado, 12 de julho, os Foster the People também passaram pelo Passeio Marítimo de Algés, em Oeiras, e foram recebidos com ‘casa’ cheia no Palco Heineken.

A banda de Mark Foster apresentou temas do seu mais recente álbum, “Paradise State of Mind”, que representa um novo ponto de partida criativo para o grupo, combinando a sua assinatura indie pop com influências mais maduras e exploratórias.

O alinhamento incluiu vários dos seus sucessos, destacando-se temas que mantêm o público em constante movimento e ligados à energia do espetáculo. Para fechar a festa no NOS Alive, a banda escolheu “Pumped Up Kicks”, com o público a cantar todos os versos a uma só voz.

O cartaz deste sábado contou ainda com Future Islands, Bright Eyes, Jet, A-Trak, Left., Bombazine, Luís Severo, Teresinha Landeiro, Cebola Mol, Jel e Ana Arrebentinha, entre outros.

O NOS Alive regressa nos dias 9, 10 e 11 de julho de 2026. Os Buraka Som Sistema são a primeira confirmação para a edição do próximo.