Em declarações à Lusa, Carlos Seixas reconheceu que “a experiência acumulada” de 18 anos “facilita muito a montagem do festival”, mas admitiu poder “melhorar nalguns aspetos”, desde logo na oferta de alojamento de Sines, que se tem verificado insuficiente para responder à procura crescente.
Porém, essa tarefa encontra obstáculos nas “dificuldades económicas que existem”, assinalou Carlos Seixas, recordando que o FMM não é autossustentável apenas com a receita de bilheteira, dependendo de apoios e patrocínios.
A programação da 18.ª edição do FMM – que se prolonga até dia 30 de julho – oferece 47 concertos, entre os quais “cerca de 20 estreias”.
Carlos Seixas destacou alguns nomes entre aqueles que atuam pela primeira vez em Portugal: o grupo Alibombo, “um laboratório ambulante de materiais reciclados” de jovens oriundos de Medellín, na Colômbia; o duo turco-arménio Vardan Hovanissian & Emre Gültekin; o coletivo feminino ucraniano Dakh Daughters; a mauritana Noura Mint Seymali; os britânicos The Comet is Coming; os colombianos Los Piranãs e o compositor franco-libanês Bachar Mar-Khalifé.
Mas também há lugar para regressos no FMM, nomeadamente do britânico Billy Bragg, do norte-americano David Murray, acompanhado pelo quarteto Feat e pelo poeta Saul Williams, do “lendário do funaná” cabo-verdiano Bitori, da “aventura tropical psicadélica” dos Fumaça Preta e do “dois em um” Konono n.º1 e Batida.
“O festival é muito a aventura, o amor e a partilha, a cumplicidade entre todos nós e a diversidade, naturalmente, que é apanágio do festival”, resumiu Carlos Seixas.
“O FMM é tudo isso, o público, a comunidade, a equipa que realiza e produz o festival. Há um compromisso, há fidelidade de princípios e há o aceitar que o diferente torna-nos iguais, torna-nos mais iguais”, refletiu o diretor criativo do FMM.
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