Na apresentação da edição deste ano, que teve lugar no Teatro Municipal Baltazar Dias, a programadora cultural Catarina Faria salientou que esta Feira do Livro tem “a particularidade de fazer parte das comemorações do centenário de José Saramago”, que se inicia formalmente na data de aniversário do escritor, a 16 de novembro.

“Este é um grande chapéu que tem como objetivo incentivar a leitura”, referiu, adiantando que estarão presentes no evento 48 escritores e que serão apresentados ou lançados 18 livros, quatro dos quais editados e apoiados pela Câmara do Funchal, liderada por Pedro Calado.

A organização destaca a presença na feira dos autores João Garcia Miguel, Carlos Reis, Zeferino Coelho (editor de Saramago), Vítor Sousa, Irene Lucília Andrade, Sandro Nóbrega, Nuno Costa Santos, Ângela Almeida, Ana Salgueiro e José Luís Rodrigues.

No plano musical, haverá “pelo menos um concerto por dia”, assinalou Catarina Faria, realçando os concertos de Camané, Mário Laginha, Luís Represas e de Bárbara Tinoco, em estreia na Madeira.

A Feira do Livro do Funchal de 2021 será composta pelo espaço infantojuvenil, o palco principal, o Teatro Municipal Baltazar Dias e os expositores de livreiros e alfarrabistas.

Esta edição conta com a curadoria da mediadora cultural Catarina Claro, no que respeita à programação do espaço infantojuvenil, e de Maria Fernandes, poetisa madeirense, na programação de poesia.

O Teatro Baltazar Dias vai também estrear uma peça musicada sobre a obra “O conto da ilha desconhecia de José Saramago”, composta por Sérgio Azevedo e interpretada pela Orquestra Académica da Madeira.

Na Feira do Livro estarão ainda presentes 20 editoras, livreiros e alfarrábios.

“Ao longo da semana haverá várias animações de rua que ficarão a cargo da Associação Aquarela Fantoches e do Teatro Bolo do Caco. Estes proporcionarão três momentos de desfile com objetos e personagens da obra de José Saramago”, lê-se no comunicado de imprensa distribuído na apresentação do evento.

Presente na sessão, o presidente da Câmara Municipal do Funchal, Pedro Calado (PSD/CDS-PP), começou por afirmar estar “muito satisfeito por voltar” ao Baltazar Dias e pelo regresso da Feira do Livro do Funchal, “depois de um ano e meio de pandemia”.

“Vamos aproveitar para voltar à Avenida Arriaga. Vamos ter oportunidade de fazer coisas muito bonitas”, considerou, defendendo a necessidade de “dar oportunidade aos mais jovens de fazerem as suas obras” e levarem “o nome do Funchal além fronteiras”.