Em Leiria, as relações com a comunidade cigana com a restante população “são semelhantes ao panorama nacional”, frisou Anabela Graça.

“Se, por um lado, temos [no país] discursos de ódio para uma comunidade de 40 mil pessoas, por outro temos pessoas que acreditam na inclusão e inclusivamente valorizam a sua cultura e as suas tradições”, notou a autarca, à agência Lusa.

No concelho, de forma a reforçar a integração social dessa minoria, o projeto “Mediar para incluir”, financiado pelo Alto Comissariado, tem desenvolvido um plano de atividades na área da educação, saúde, cidadania, habitação e cultura.

“Pretende-se trabalhar com a comunidade cigana, numa perspetiva de inclusão e de envolvimento, com total respeito pela sua cultura e tradições”, descreveu a vice-presidente, reconhecendo que “há muito trabalho a fazer” em algumas áreas.

Nesse aspeto, a ação da mediadora municipal cigana tem-se revelado importante, enquanto “facilitadora para diluir conflitos, promover a inclusão e dar a conhecer uma comunidade que tem sido objeto de discursos negativos”.

A exposição “No Amor não há Culturas” constitui mais um passo para “potenciar a cultura cigana como fator promotor de integração”, já que as imagens retratam a vivência da comunidade através da dança e da música, “tradições muito fortes”.

“A mensagem que é essencial passar é a de que a comunidade cigana pretende a sua integração plena e as gerações mais novas têm tido um papel importante”, sublinhou Anabela Graça.

“No Amor não há Culturas” é inaugurada na segunda-feira, às 18h00, com momento de música e dança no Centro Cívico de Leiria. A exposição fica patente até dia 28 na Galeria Manuel Artur Santos, no Mercado de Santana, em Leiria.