"Será uma noite muito importante, não só para mim e para os envolvidos nesta música, mas para a música latina, porque naquele grande palco, haverá um tema cantado em espanhol", disse Luis Fonsi à AFP.
O porto-riquenho frisou que o mais importante era estar nomeado para os Grammys em categorias onde normalmente as canções em espanhol não são destacadas, incluindo Álbum do Ano, Música do Ano e Melhor Dupla ou Grupo. "Não acontece há vários anos. Desde 'La Bamba' (em 1988). E uma música em espanhol nunca venceu, então não sei se podemos mudar a história, mas digo com toda a honestidade que, o que quer que aconteça, o que conseguimos é algo que entrará para a história", considerou.
O músico reconhece assim que Ricky Martin também tenha marcado a música latina ao cantar "La Copa de la Vida" nos Grammys de 1999.
"Despacito", a canção que Fonsi gravou em dupla com o também porto-riquenho Daddy Yankee, fez o mundo inteiro cantar em espanhol durante 2017, e o vídeo que a acompanha tornou-se no mais visto da história do YouTube.
Orgulho latino
"Despacito" chega à 60ª edição dos Grammys, que se irá realizar em Nova Iorque, como o maior vencedor da última edição dos Grammys Latinos, onde venceu o gramofone dourado nas categorias de Gravação do Ano, Canção do Ano, Melhor Fusão/Interpretação Urbana e Melhor Vídeo Musical.
O cantor anunciou ainda que a modelo porto-riquenha Zuleyka Rivera irá dançar durante a atuação, tal como aconteceu no vídeo gravado no popular bairro de La Perla, em Porto Rico. "A partir de amanhã à noite vamos começar a ensaiar, o importante é celebrar a música como as pessoas a conhecem, comemorar com muito orgulho e estar lá, com a maior música do mundo inteiro", disse o cantor e compositor com entusiasmo.
Luis Fonsi inaugurou na quarta-feira à noite as sessões acústicas dos Grammys Latinos 2018 na capital mexicana, uma série de recitais organizados pela Academia de Gravação Latina para celebrar as figuras musicais mais importantes de hoje na língua de Cervantes.
"Para mim, seria ótimo (que Luis Fonsi levasse um Grammy) porque acho que os latinos ainda têm muito a conquistar e trabalhar", disse Gabriel Abaroa Jr., presidente da Academia Latina.
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