A edição deste ano, a 9.ª, é “um começar outra vez”. “Foi quase um reaprender a trabalhar. Um festival destes envolve muita gente e estas ligações foram-se perdendo com estes anos de pandemia. Foi um desafio muito grande [preparar esta edição], mas ao mesmo tempo aliciante, porque é bom coisas boas começarem de novo”, afirmou o diretor da Pic-Nic, promotora do NOS Primavera Sound, José Barreiro, em declarações à agência Lusa.

Embora a organização tenha tentado “não mexer muito no que era um festival já com a sua marca, o seu sucesso”, as obras de ‘ligação’ do Parque da Cidade ao mar, recentemente concluídas, “forçosamente mexeram com o ‘layout’ do festival”.

“Mas é mais na zona de entradas, de alimentação, de acesso aos palcos principais. Porque a localização dos [cinco] palcos é praticamente a mesma que existia até 2019”, explicou José Barreiro.

Do cartaz desta edição, o promotor destaca os cabeças-de-cartaz, “que é o que as pessoas mais procuram”: na quinta-feira, Nick Cave e Tame Impala, “dois nomes enormes do panorama musical numa mesma noite, é raro isso acontecer num festival em Portugal”, na sexta-feira, “o grande regresso” dos Pavement aos palcos, que deveria ter acontecido em 2020, e de Beck, “há bastante tempo ausente dos palcos portugueses” e, no sábado, Gorillaz, “uma banda que raramente pisa palcos” e que a Pic Nic teve “a sorte de trazer” ao Porto.

“Depois outros nomes, como Interpol, e muito pop, como o Jhay Cortez, Caroline Polachek. O festival tem esta característica que é mostrar um bocadinho de todos os géneros musicais, tentamos sempre dar um bocadinho de tudo o que se vai passando, sem excluir estilos”, referiu José Barreiro.

O cartaz inclui ainda bandas e artistas como Diiv, King Krule, Kim Gordon, Georgia, Slowdive, Shellac, Dinosaur Jr., Little Simz, Pablo Vittar, Earl Sweatshirt, DJ Firmeza, Pedro Mafama, Montanhas Azuis, Chico da Tina, Rita Vian e David Bruno.

Os passes de três dias “estão esgotados há mais de um mês”. Para quinta-feira e sábado, também já “não há bilhetes”, e sexta-feira está “perto de esgotar”.

“[A adesão do público] dá-nos a responsabilidade de conseguir fazer outra vez bem feito. E esse é o maior desafio para esta edição”, afirmou José Barreiro.

De acordo com o promotor, apenas sete a oito por cento das pessoas que tinham comprado bilhete para 2020 pediram reembolso.

“Nessa altura lançámos o cartaz para 2021 e vendemos mais do que devolvemos”, contou.

Quem comprou bilhete para a edição do ano passado e optar pelo reembolso, poderá pedi-lo a partir de dezembro, mas José Barreiro conta que “nem 10% das pessoas o faça”.

“O cartaz foi sendo adaptado, mas cerca de 80% das bandas é a mesma. A resposta do público foi sendo sempre muito positiva”, justificou.

Os concertos começam às 16:30, na quinta-feira, e às 17h00, na sexta-feira e no sábado, estando as últimas atuações marcadas para as 4h30 no primeiro e no último dia do festival e, para as 04:00, no segundo dia.

No recinto, além dos cinco palcos, há um espaço de restauração, onde não faltam “petiscos tradicionalmente portuenses”, e o Primavera Market, com bancas de 18 marcas “de áreas tão diferentes como moda, artesanato urbano e até um estúdio de tatuagens”.

Na 9.ª edição, o festival mantém a utilização de copos reutilizáveis, que têm o custo de um euro e podem “ser utilizados as vezes necessárias durante o evento, não sendo possível efetuar a sua devolução”.

Para chegar ao recinto, há várias carreiras da STCP que param nas imediações do festival. Para abandonar o recinto, aquela empresa de transportes criou uma ligação direta entre a Praça Cidade Salvador e os Aliados, com várias paragens ao longo do percurso, e que funciona entre a 1h00 e as 7h00.

Quem optar pelo Metro deverá usar a linha azul, que funciona entre as 06:00 e a 01:00, e sair na estação Matosinhos Sul.

Além disso, haverá um parque para bicicletas na entrada do recinto.

“Estamos numa expectativa muito grande, e também acho que a expectativa das pessoas é muito elevada”, disse José Barreiro, lembrando que “é o regresso dos grandes festivais” de música, após dois anos de interrupção impostos pela pandemia da COVID-19.

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