Sob o mote “Mensageiros”, o evento pretende “realçar e romantizar, através das artes, a importância” dos mensageiros e o seu impacto na sociedade, revelou na quinta-feira Miguel Lima, diretor do Festival.
A programação, que também assinala o quinto centenário do nascimento de Camões e os 50 anos do 25 de Abril, reúne cerca de 180 artistas, que protagonizam conferências, espetáculos, artes plásticas, atividades gastronómicas e apresentações teatrais, num cartaz que contempla todas as idades.
As atuações decorrem na Quinta das Lágrimas, entre os dias 17 e 24 de julho, e, posteriormente e até ao dia 31 de agosto, nas Escadas do Quebra Costas, estando ainda programadas atividades em outros espaços de Coimbra.
O primeiro dia do Festival arranca com a inauguração, no Museu Municipal de Coimbra, Edifício Chiado, da mostra “Colecção dos Encontros de Fotografia”, com curadoria e produção do Centro de Artes Visuais – Encontros de Fotografia, e com o concerto de Luís Figueiredo e da Orquestra Metropolitana de Lisboa, com direção musical de Pedro Neves, “ANIMA - A Música como Mensageira da Humanidade”, que decorre no anfiteatro Colina de Camões, nos jardins da Quinta das Lágrimas.
"ANIMA", suite para orquestra de cordas e solistas de Luís Figueiredo, “é uma estreia absoluta”, que reúne “a Orquestra Metropolitana de Lisboa e músicos individuais”, onde, “no próprio dia do concerto, [acontece] o lançamento do disco, ou seja, do registo do projeto”, esclareceu hoje o pianista e compositor.
A Quinta das Lágrimas também será palco do teatro infantil “Abecedário dos Mensageiros” (nos dias 18 e 23) e do espetáculo dos pianistas Mário Laginha e Pedro Burmester, onde serão interpretados temas que marcaram o período revolucionário do 25 de Abril, de autores como José Mário Branco, Sérgio Godinho, Fausto e José Afonso, a que se junta uma nova obra de Luís Tinoco (18).
Um concerto em homenagem à artista plástica Lourdes Castro (19), pelos guitarristas André e Bruno Santos (Mano a Mano, “Trilogia das Sombras”) e o espetáculo “Camões - Mensagens para os Mensageiros”, que conta com a presença de músicos como Marta Pereira da Costa, a “única mulher a tocar de forma profissional” a guitarra portuguesa, como revelou Miguel Lima, são outras das atividades previstas para o anfiteatro ao ar livre da Quinta das Lágrimas (Colina de Camões).
Este palco recebe ainda, no dia 24, o concerto “As Pátrias Musicais de Grieg e Vianna da Motta”, produzido com o apoio da Universidade de Coimbra, protagonizado pela Orquestra Gulbenkian e o pianista Artur Pizarro, com direção musical de José Eduardo Gomes.
As Escadas do Quebra Costas, por sua vez, estarão repletas de música nas sextas-feiras e sábados (26 de julho a 31 de agosto), proporcionando ao público concertos gratuitos.
Nos dias 26 e 27, há o espetáculo “Noite”, do Zzaj Trio, seguidos do concerto “Nu”, do AP Quarteto (2 e 3 de agosto), a apresentação do Themandus (9 e 10), do Quarteto João Freitas (16 e 17), do Trio Paulo Santo (23 e 24) e, para encerrar o festival, o Quarteto Miguel Valente (30 e 31).
Em espaços paralelos de Coimbra, decorre ainda, no dia 20 de julho, uma apresentação da Orquestra de Jazz da Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra e a exibição do filme “O Carteiro de Pablo Neruda” (ambos no Pátio da Inquisição) e, no dia 21, o percurso literário “Zeca Afonso – Cantor e Poeta”, pelas ruas da Alta e da Baixa.
Maria Carlos Pêgo, diretora do Departamento de Cultura e Turismo da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), afirmou hoje tratar-se de “um festival identitário para a cidade”, esclarecendo que o investimento financeiro da autarquia “neste programa é de 90 mil euros".
O Festival das Artes QuebraJazz, como informou Miguel Lima, é orçado em cerca de 200 mil euros.
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