“Diário mínimo”, publicado pela Gradiva, é uma edição que compila as melhores crónicas de Umberto Eco publicadas na revista Verri, nas quais o famoso semiólogo italiano disseca o mundo académico, as bizarrias do quotidiano, o labirinto da burocracia e até o design de certos objetos, com recurso à ironia crua e aos pastiches. Uma edição de "Diário Mínimo", com tradução de Miguel Serras Pereira, tinha sido publicada em Portugal pela antiga Difel em 1994.

A Dom Quixote edita “Um ocidente sequestrado ou a tragédia da Europa Central”, um pequeno livro de Milan Kundera, publicado pela primeira vez em França em 2021, que se revela extremamente atual na reflexão sobre a Europa que estamos a construir, segundo a editora.

Esta obra contém dois textos escritos antes da Queda do Muro de Berlim e do fim da Guerra Fria: o discurso de Kundera ao Congresso dos Escritores da antiga Checoslováquia, em 1967, em plena Primavera de Praga, que culmina no ano seguinte; e um artigo publicado na revista francesa Le Débat, em novembro de 1983, quando Kundera já vivia em França.

A mesma chancela vai publicar “No ser humano tudo tem de ser belo”, de Sasha Marianna Salzmann, romance vencedor do Prémio Hermann Hesse 2022 e finalista do Prémio do Livro Alemão 2022, que relata uma época de mudanças radicais na Ucrânia, através do percurso de quatro vidas e os vínculos frágeis entre mães e filhas.

A Dom Quixote vai ainda lançar outro livro premiado, “Os meus homens”, de Victoria Kielland , um romance situado na Noruega, no final do século XIX, “escrito numa prosa de uma beleza selvagem”, que imagina a tumultuosa vida interior de Brynhild Størset, a norueguesa que se tornou Belle Gunness – a primeira mulher assassina em série dos Estados Unidos.

A Relógio d’Água publica neste mês “Um Balé de Leprosos”, de Leonard Cohen, romance e histórias nunca antes publicados em Portugal do lendário músico, compositor e poeta.

Chegam também em julho, “Acolher”, de Claire Keegan, escritora irlandesa de quem a editora publicou no ano passado “Pequenas coisas como estas”, “Diário do sedutor”, de Søren Kierkegaard, e “A luz e a escrita”, de Humberto Brito.

As novidades da Tinta-da-China para este mês são “Micromegas”, conto filosófico de Voltaire sobre o que é a pequenez e a imensidão, com tradução e posfácio de Rui Tavares e ilustrações de Vera Tavares, bem como um novo livro dedicado a Saramago, sobre “A lucidez da escrita”, com organização de Carlos Nogueira.

Entre as novidades de julho da editora Antígona, contam-se “Terra queimada”, de Jonathan Crary, um ensaio sobre a vida no planeta, da era digital ao mundo pós-capitalista, e “Tempo de erros”, de Muhammad Chukri, em que o autor dá continuidade ao relato autobiográfico iniciado com “Pão seco”.

Outra novidade desta editora é a publicação de “Ned Ludd e a Rainha Mab: Destruição de máquinas, romantismo e os vários comunais de 1811-1812”, que marca a estreia do historiador Peter Linebaugh em Portugal, e conta histórias de revolta e resistência contra a expropriação dos comunais e a exploração do sistema capitalista em expansão no período da grande revolta luddita.

A Quetzal vai editar “História do repouso”, de Alain Corbin, “A escuridão branca”, de David Grann, “Os lindos braços da Júlia da Farmácia”, de J. Rentes de Carvalho, “Debaixo da onda”, de Paul Theroux, e “Jornadas pelo mundo”, de Conde de Arnoso.

Outro destaque desta chancela do grupo Bertrand é a publicação do livro “Os últimos dias de Roger Federer”, de Geoff Dyer, no qual o autor explora os últimos dias, as últimas obras ou as obras tardias de escritores, pintores, músicos, cineastas e estrelas do desporto que marcaram a memória mundial, de Nietzsche a Bob Dylan, passando por Turner, Jean Rhys, John Coltrane, Beethoven, Larkin, The Doors, Walter Scott, Wagner, Joyce, Updike e David Foster Wallace, entre outros.

A Bertrand Editora publica “Conto de fadas”, de Stephen King, e a Contraponto, “Rita Lee: Outra autobiografia”.

O grupo Penguin Random House lança durante este mês “Amores verdadeiros”, um novo livro de Taylor Jenkins Reid, autora de “Os sete maridos de Evelyn Hugo”, na chancela Topseller, e “Revolução”, novo romance de Hugo Gonçalves, na Companhia das Letras.

Os destaques do grupo Almedina vão para “Poema sobre o desastre de Lisboa em 1755”, de Voltaire - poema que esteve na origem de “Cândido ou o Otimismo” -, uma obra que inclui a resposta de Rousseau a Voltaire, publicada pelas Edições 70, chancela que edita também neste mês “O Mar e a civilização. Uma história marítima do mundo”, de Lincoln Paine, obra sobre a história da relação do Homem com o mar, que inclui várias passagens sobre os Descobrimentos portugueses.

A chancela Minotauro publica o policial “Isola”, de Katrine Engberg, e “Enseada amena”, de Augusto Abelaira.

Na editora Guerra e Paz são publicadas as “biografias cálidas” – nas palavras do editor Manuel Fonseca – de Freud e Churchill, bem como a biografia de Beethoven, escrita pelo Prémio Nobel da Literatura Romain Roland.

A mesma editora vai publicar também “O que faltava contar”, de José Jorge Letria, um livro memorialista, com episódios de vida, revelações de figuras como José Saramago ou Luiz Pacheco, Zeca Afonso, Ary dos Santos ou Ruy Belo.

A Porto Editora lança um novo ‘thriller’ de Cara Hunter, “Sem culpa”, e redita “A louca da casa”, de Rosa Montero.